Carney é sondado para continuar como presidente do BoE por mais um ano
O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Mark Carney, foi sondado pelo governo do Reino Unido para estender seu mandato por mais um ano, de acordo com o jornal britânico London Evening Standard. A notícia foi reproduzida por praticamente todos os veículos de imprensa do país, apesar de o banqueiro dizer que só servirá seis anos de um total previsto de sete.
Pelas informações do Evening Standard, o Ministério das Finanças está ansioso para que Carney permaneça até 2020 para que possa dar continuidade ao trabalho durante a turbulência do Brexit - como é chamada a saída dos britânicos da União Europeia. Ao mesmo tempo, de acordo com o jornal, a cúpula do governo tem se esforçado para encontrar um candidato forte o suficiente para substituí-lo.
"Uma extensão para o mandato de Carney seria bem-vinda em toda a City (centro financeiro de Londres) e Whitehall (centro do governo britânico), mas poderia incomodar Brexiteers (defensores do Brexit) como o parlamentar Jacob Rees-Mogg, que acha que o presidente do BoE tem sido muito franco sobre as consequências econômicas de deixar a UE", trouxe o diário.
Especulações no passado sobre Carney, que começou o trabalho no BoE em 2013, citavam a possibilidade de ele retornar a seu país de origem, o Canadá, onde era cotado para se tornar um ministro do governo. Em 2016, quando essas especulações aumentaram e foi realizado o referendo sobre o Brexit no Reino Unido, Carney concordou em estender seu mandato, inicialmente por cinco anos, até o final de junho de 2019. "Ao assumir meu mandato além do período esperado do processo do Artigo 50, isso deve contribuir para garantir uma transição ordenada para o novo relacionamento do Reino Unido com a Europa", disse na ocasião.
O presidente do BoE, ainda segundo o jornal britânico, vem mantendo suas opções em aberto e a perspectiva é a de que seja muito requisitado depois de seis anos em um posto tão importante no Reino Unido. "Os Brexiteers podem não querer Carney, mas o resto do mundo parece querer, inclusive o ministro de Finanças, Philip Hammond."