Economia

"O Espírito Santo está preparado para crescer com o Brasil", afirma empresário destaque no 18 Prêmio Líder Empresarial

Marcelo Castelli, presidente da Fibria, foi premiado como Líder do Ano na 18ª edição do Prêmio Líder Empresarial da Rede Vitória

Gustavo Fernando

Redação Folha Vitória
Roberta Salgueiro, anfitriã da premiação, e Marcelo Castelli, presidente da Fibria|Foto: Everton Nunes

O presidente da Fibria Marcelo Castelli recebeu, na noite da última quinta-feira (23), o troféu de Líder do Ano no Espírito Santo. A homenagem aconteceu durante a cerimônia de premiação da 18ª edição do Prêmio Líder Empresarial, realizada pela Rede Vitória.

O prêmio, dividido em 38 categorias dos diferentes setores do mercado produtivo capixaba, teve a definição dos vencedores através de votação popular no jornal online Folha Vitória. O objetivo da premiação é prestar uma homenagem aos  líderes empresariais que contribuem de forma significativa para o desenvolvimento econômico e social do Estado. 

Confira a Revista do Prêmio Líder Empresarial 2018 na íntegra! 

Revista do Prêmio Líder

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Prêmio Líder 

O gestor, que atua há 30 anos no setor de celulose e papel, assumiu a posição de presidente da Fibria em 2011. Marcelo Castelli afirma que o prêmio é muito importante porque enaltece e reconhece a capacidade de desenvolvimento e produção do setor privado no Espírito Santo. "A indústria capixaba tem evoluído e há algum tempo já está preparada para competir globalmente. Além de grandes talentos na posição de gestores, temos mão de obra qualificada". 

"Ser eleito pelo voto popular não é um reconhecimento para mim, e sim para a Fibria. A premiação nos dá muita satisfação e orgulho", ressalta o líder do ano. 

Espírito Santo

Segundo o gestor, o Espírito Santo fez o "dever de casa" e está preparado para crescer junto com o Brasil. 

"Sofremos com a limitação de crescimento econômico, leis rígidas e amarras estruturais. Com isso, estamos perdendo competitividade na escala global. Mas o Estado está com as contas ajustadas e conta com projetos inovadores do setor público e privado. Quando o Brasil voltar a crescer, nossa economia vai estar preparada para acompanhar o crescimento", ressalta Marcelo Castelli. 

Fibria

O presidente da Fibria afirma que somente 10% da produção da empresa fica no país. Dessa forma, com um olhar voltado para o mercado externo, e apesar das guerras comerciais, a empresa está consolidada no mercado mundial. "Esses percalços econômicos não nos afetam, e nem devem afetar. O nosso produto possui um bom preço no mercado internacional".

Brasil

"O que o Brasil precisa é voltar a crescer sistematicamente. O país possui muitas potencialidades. Apesar do cenário político incerto, espero uma melhora econômica para o próximo ano. E aproveito para repetir a seguinte teoria: pior do que está não fica. Então acho que temos chance de retomar o crescimento econômico e superar a volatilidade do mercado. Independente da eleição do candidato A, B ou C, o novo governo deve deixar bem claro o caminho que deseja para o Brasil"

2019

"Estou otimista para o próximo ano, mas a minha grande preocupação é com as reformas. É o que sempre digo. Temos que evitar o voo da galinha, uma expressão comum no mercado. É a recuperação que não sustenta um crescimento maior"

Liderança

Marcelo afirma que as competências essenciais em um verdadeiro líder são a humildade, a curiosidade de aprender sempre e acreditar no sucesso das pessoas. Além disso, ele ressalta que um verdadeiro líder representa o exemplo de como agir, sendo um modelo para os mais jovens. "Líderes verdadeiros acabam sendo a alma das empresas", finaliza. 

Quem é Marcelo Castelli?

Marcelo Castelli é CEO da Fibria, empresa brasileira que possui a liderança na produção mundial de celulose branqueada de eucalipto. A Fibria nasceu fruto da junção da Aracruz com a Votorantim Celulose e Papel, em 2009.  Em 2017, ele foi eleito um dos 25 melhores CEOs do Brasil, segundo a Revista Forbes. A Fibria possui cerca de 17 mil funcionários, sede em São Paulo e uma receita líquida de R$ 9,6 bilhões.