Economia

IBGE: Serviços têm deflação de 0,15% puxada por passagem aérea e demanda fraca

O resultado foi o mais baixo da série histórica da inflação de Serviços, iniciada em 2012, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

Redação Folha Vitória

Os Serviços registraram uma deflação de 0,15% em agosto, puxada pela redução de 26,12% nas tarifas aéreas, mas também pela demanda fraca, avaliou Fernando Gonçalves, gerente na Coordenação de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado foi o mais baixo da série histórica da inflação de Serviços, iniciada em 2012, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). "A passagem aérea forçou bastante (para baixo a inflação de serviços), mas outros componentes vieram em queda também", apontou Gonçalves. "As famílias acabam segurando um pouco o comprometimento (da renda) para as necessidades primárias", explicou.

A inflação de Serviços acumulada em 12 meses diminuiu de 3,50% em julho para 3,33% em agosto.

Já a inflação de bens e serviços monitorados pelo governo arrefeceu para uma alta de 0,12% em agosto, a mais baixa desde junho de 2017, quando houve deflação de 0,83%. O movimento foi puxado pelo aumento menor na energia elétrica e por uma queda nos preços dos combustíveis.

A inflação de monitorados acumulada em 12 meses encolheu de 11,35% em julho para 9,59% em agosto.

Três itens monitorados estão entre as maiores pressões para a taxa do IPCA em 12 meses. A gasolina lidera o ranking, com alta de 18,01% e impacto de 0,72 ponto porcentual na taxa de inflação de 4,19% no período.

Em seguida estão os itens energia elétrica (alta de 16,85% e contribuição de 0,61 p.p.) e plano de saúde (aumento de 12,38% e impacto de 0,47 p.p.).