Economia

Índice de produção sobe para 54,1 pontos em agosto ante 52,2 em julho

A produção nas fábricas brasileiras voltou a aumentar de ritmo em agosto, de acordo com sondagem divulgada nesta segunda-feira, 24, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em uma escala na qual valores acima dos 50 pontos significam crescimento, o desempenho do setor alcançou 54,1 pontos, superior aos 52,2 pontos de julho.

"Trata-se do segundo aumento mensal consecutivo da produção, fato comum na passagem de julho para agosto, tendo em vista a necessidade de maior produção para atender vendas de fim de ano. Esse crescimento só não ocorreu em 2014 e 2015, anos de queda da produção industrial", avaliou a CNI, no documento.

Com maior produção, também houve redução na ociosidade do parque industrial no mês passado. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) passou de 68% em julho para 69% em agosto.

O resultado é três pontos porcentuais (p.p.) superior à média para o mês entre 2015 e 2017, mas 5 p.p. inferior à medida registrada em agosto entre 2011 e 2014. Com isso, o índice que mede a UCI em relação ao usual para o período chegou a 45,3 pontos.

Os estoques da indústria acima do planejado no mês passado, com indicador em 51,2 pontos. Já o emprego na indústria continuou em retração, embora menor que a registrada em julho, com índice de 49,1 pontos em agosto ante 48,5 pontos no mês anterior.

Expectativas

Embora tenha havido melhora nos indicadores presentes, a sondagem mostra uma piora nas expectativas dos empresários da indústria para os próximos seis meses. Em uma escala na qual valores acima de 50 pontos significam otimismo, a intenção de investimento passou de 51 pontos para 50,8 pontos.

Já o índice de demanda recuou de 57,8 pontos para 56 pontos em agosto. A perspectiva de compra de matéria-prima passou de 54,8 pontos para 54,2 pontos. A expectativa com relação às exportações também piorou, de 55 pontos para 53,3 pontos.

"A redução do otimismo está relacionada com a frustração da demanda que pode ser percebida pelo acúmulo indesejado nos estoques. Além disso, o aumento da incerteza também pode ter afetado o ânimo dos empresários", avaliou o economista da CNI, Marcelo Azevedo.