Economia

Indústria opera 14,1% abaixo do pico de produção de maio de 2011, diz IBGE

Com as oscilações de maio (-10,9%) e junho (12,9%), provocadas pela greve de caminhoneiros, seguida pela ligeira queda de 0,2% em julho ante o mês anterior, a indústria está 0,8% abaixo do patamar de produção de dezembro de 2017

Redação Folha Vitória

A indústria brasileira opera atualmente 14,1% abaixo do pico de produção registrado em maio de 2011, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Claro que esse distanciamento já foi maior. Em maio, esse distanciamento foi de 23,7%. Há melhora, claro, em função da volta da produção, mas esse distanciamento é de dois dígitos. Em termos de patamar de produção é como se a indústria estivesse operando como em maio de 2009. A indústria não sai desse patamar", apontou André Macedo, gerente na Coordenação de Indústria do IBGE.

Segundo Macedo, há uma tendência de recuperação gradual, mas que não recupera perdas acumuladas em anos passados.

Com as oscilações de maio (-10,9%) e junho (12,9%), provocadas pela greve de caminhoneiros, seguida pela ligeira queda de 0,2% em julho ante o mês anterior, a indústria está 0,8% abaixo do patamar de produção de dezembro de 2017.

"É como se tivesse operando mais baixo do que operou no ano passado", ressaltou Macedo.

"A gente está num patamar superior ao que a gente tinha antes da greve dos caminhoneiros. Passados três meses, eu avancei 0,3%. Estou praticamente estável ao patamar que eu tinha em abril. Mas o patamar de produção é 0,8% menor que o de dezembro do ano passado", resumiu Macedo.

A produção de bens de capital está 35,6% abaixo do pico registrado em setembro de 2013, enquanto a fabricação de bens de consumo duráveis encontra-se 22,6% aquém do ápice alcançado em junho de 2013.

"É claro que a gente tem algum tipo de melhora em relação ao que a gente tinha em 2016. Mas, em relação ao ano de 2017, a indústria acaba não avançando de forma mais consistente", completou o gerente do IBGE.

Pontos moeda