Economia

IPCA-15 de setembro é o mais baixo para o mês desde 2006

Quando considerados todos os meses, o resultado foi o mais baixo desde a deflação de 0,18% registrada em julho de 2017

Redação Folha Vitória

A alta de 0,09% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) em setembro foi a mais baixa para o mês desde 2006, quando houve inflação de 0,05%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 21.

Quando considerados todos os meses, o resultado foi o mais baixo desde a deflação de 0,18% registrada em julho de 2017.

A taxa acumulada em 12 meses caiu de 4,30% em agosto para 4,28% em setembro. Em setembro do ano passado, a taxa do IPCA-15 foi de 0,11%.

Alimentação

As famílias brasileiras gastaram 0,41% menos com alimentação em setembro, após a alta de 0,03% registrada em agosto, segundo dados do IPCA-15.

O custo da alimentação no domicílio diminuiu 0,70% este mês. Houve redução nos preços da cebola (-18,51%), batata-inglesa (-13,65%), leite longa vida (-6,08%) e carnes (-0,97%).

A alimentação fora de casa ainda subiu 0,12% em setembro, mas o ritmo de aumento perdeu força em relação a agosto, quando a elevação foi de 0,84%. A refeição fora de casa passou de alta de 0,67% em agosto para aumento de 0,06% em setembro, enquanto o lanche consumido fora do domicílio saiu de avanço de 1,63% em agosto para 0,06% em setembro.

Transportes

A alta nas tarifas aéreas em setembro pressionou as despesas com transportes na inflação medida pelo IPCA-15. Os custos dos Transportes saíram de uma deflação de 0,87% em agosto para avanço de 0,21% em setembro.

As passagens aéreas saíram de uma queda de 26,01% em agosto para um aumento de 17,12% em setembro, item de maior impacto individual sobre o IPCA-15 do mês, o equivalente a uma contribuição de 0,05 ponto porcentual.

Por outro lado, os combustíveis recuaram 0,19% em setembro, o terceiro mês consecutivo de quedas.

A gasolina diminuiu 0,07%, enquanto o etanol ficou 1,36% mais barato.

Já o óleo diesel subiu 2,41%, como reflexo do reajuste de 13,00% nas refinarias anunciado pela Petrobras a partir de 31 de agosto.