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The Cult traz a força de um rock sem década

Redação Folha Vitória

São Paulo - Não é por acaso que o guitarrista Billy Duffy pede para colocarem no palco dois ventiladores, um à sua frente e outro ao fundo do palco. É ele mais a precisão do baterista John Tempesta e o vocal ainda firme de Ian Astbury que carregam nas costas boa parte de uma década inteira.

Dez quilos mais magro do que o som anterior do Alter Bridge, o Cult chegou sem odores de naftalina. O vocal de Astbury está no mesmo lugar de sempre, mas o som que esses caras fizeram na década mais datada do rock tinha algo de eterno.

Os riffs de muitas cordas tocadas juntas criados por Duffy são talvez mais marcantes do que o próprio vocal de metal de Astbury, mas a Cult é uma banda que poderia ter nascido ontem que estaria tudo certo.

Eles chegaram com força, colocando tudo no chão com Wild Flower. Quando fizeram Rain, Duffy homenageou Pete Townshend com o movimento que o guitarrista do Who criou em 60, mas ninguém entendeu.

Dark Energy, Sweet Soul Sister, Peace Dog, Birds of Paradise, Phoenix, She Sells Sanctuary, Fire Woman, King Contrary Man, Love Removal Machine. Estava tudo lá, com a generosidade de uma banda que não oxidou com o tempo.