Família de MG “voa” na Dez Milhas Garoto e prova que corrida está no sangue

Jasom, Willer e Angela na largada da 30ª Dez Milhas Garoto

Correr já é bom por si só, mas correr em família é melhor ainda. A família Almada, representada por Angela Andréa Gomes, de 56 anos, o esposo, Jasom Almada, 57, e o filho, Willer Gomes Almada, 24, veio de Juiz de Fora (MG) para disputar a Dez Milhas Garoto e fez bonito na prova.

Enquanto o pai completou os 16km em 1h07min, o filho terminou em 59min, ficando na 43ª colocação geral. Foi a estreia dos pais na Garoto, mas Willer teve uma gratificante experiência no evento em 2018.

“No ano passado, o Willer foi guia de um deficiente parcial de visão, o Fabrício Jobim, na Garoto e eles fizeram o tempo de 1h08min, ficando em primeiro lugar. Ele falou tanto da organização da prova que resolvemos participar este ano. O Will quase pegou pódio na categoria por idade (20-24 anos, na qual ficou em 4º). Foi emocionante participar. O percurso é lindo e a energia das pessoas que assistem nos contagia. A Terceira Ponte então, com aquela vista deslumbrante, tira o fôlego. Gostamos muito da prova, um belo visual e com pessoas incentivando, além da boa organização.  O diferencial é que valoriza o atleta na faixa etária e é bem organizada e sinalizada. Leva em conta o bem-estar do corredor, com muita hidratação e cuidado no trânsito. Estaremos de volta em 2020”, disse Angela, que trabalha como síndica.

História

Família começou a correr junta há 5 anos

A história e a ligação da família Almada com as corridas de rua tiveram início há cinco anos, quando Jasom, que é bancário, teve um estresse e o médico recomendou a prática de um esporte. “Ele estava com esteatose e pesando 85 kg. Tentou a bike, mas depois começou a correr e gostou. Eu, vendo ele emagrecer e mudar hábitos, comecei a acompanhá-lo. Meu filho ia para tirar fotos nossas e, numa dessas corridas, no antigo colégio onde ele estudou, perguntaram por que ele não corria também, já que o pai e a mãe corriam. Ele então resolveu fazer uma para ver se gostava. Foi paixão total. Entramos num grupo e passamos a treinar regularmente. Com isso veio a perda de peso: o Jasom perdeu 22kg e eu perdi 10kg, além da mudança para uma alimentação saudável”, contou Angela.

Incentivo

Ela lembra que numa corrida do ranking, Viviany Anderson, campeã da Maratona de São Paulo e tantas outras, viu Willer, que é estudante de Farmácia, correndo e disse que ele podia melhorar muito.

“Começamos a treinar com ela e começaram a vir os pódios nas faixas etárias. O Will então foi chamado para a equipe Tri Runner, do atleta e treinador Diogo Fiochi, e com o aval da amiga Viviany, nós fomos também. Não escolhemos a corrida, ela nos escolheu. Tudo foi acontecendo de forma natural. Fomos nos envolvendo, entramos para uma associação de corredores da cidade que faz excursão para corridas e participamos de algumas em outros estados. O Jasom e o Willer estão classificados no ranking da cidade já há dois anos, e o Will vai integrar a elite o ano que vem, se Deus quiser”.

Conquistas

Pais e filho acumulam história e troféus nas corridas em várias partes do País

Diante dos treinamentos e de tanta preparação, vieram as conquistas. Em Canoa Quebrada, o Willer e o Jasom participaram do Desafio 10km +21km e o Jasom ficou em 1° na faixa etária dos 10km e 2° lugar na faixa dos 21km e o Willer foi campeão do desafio com pódios gerais nos 10 e 21km, derrotando os tradicionais campeões da região. A mãe correu os 5km.

Na Maratona de Porto Alegre, o Willer ficou em 3° na faixa nos 21km, com o tempo de 1h20min, e o Jasom ficou em 5° lugar na faixa nos 42km, com o tempo de 3h07min, constando como o 7° maratonista brasileiro na faixa dos 55 a 59 anos, conforme ranking da revista Contra o Relógio.

Na corrida de São Sebastião no Rio, o Willer ficou em 2° lugar na faixa e o Jasom, em 3° lugar na faixa.

Pace

“Sempre corremos juntos procurando provas que tenham 10, 21 e 42km. Não temos o mesmo pace. O Willer corre no pace de 3’39 e o Jasom corre para 4′. Eu sou bem mais lenta devido a uma cirurgia, osteopenia na coluna e problemas de artrose no joelho, mas isso não me impede de fazer o que gosto com minha família. Quando eles chegam, voltam para me buscar”, disse Angela.

Ela completou: “Treinamos juntos, um incentiva o outro e sempre nos inscrevemos os três. Quando faço 10 e eles 21 e 42, fico esperando pra tirar fotos da chegada do Willer nos 21 e do Jasom nos 42. O emocionante é quando fazemos provas em outras cidades e pegamos pódio os 3. Já corremos em Natal, Porto Seguro, Rio de Janeiro, São Paulo, Petrópolis, São João Del’ Rey, Belo Horizonte, Macuco, além de cidades da nossa região. Já fomos também pro Chile e pro Uruguai com bons resultados. Ainda estão nos nossos planos Portugal, EUA, Argentina, Florianópolis e Brasília”, destacou Angela.

Parabéns pela história, pela paixão pelas corridas e pela bela participação da família mineira Almada na 30ª edição da Dez Milhas Garoto!

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