Preparador físico e atleta fisiculturista cuida da saúde de várias celebridades

Como é a rotina de treinos de uma pessoa famosa? Será que artistas seguem a mesma rotina de exercícios de nós, pessoas comuns? Quer matar essa curiosidade? Quem responde a essas questões é o preparador físico e atleta de fisiculturismo Marcelo Santana, pós-graduado em musculação, condicionamento físico e treinamento pela FMU.

Imagens: Bruno Prado

Natural de São Paulo, o profissional é responsável pela saúde e pela forma física de várias celebridades nacionais. “Comecei por meio de amigos que me indicaram pelo meu estilo de trabalho, e a partir daí outras portas foram se abrindo: sertanejos (antigos e nova geração), jogadores de futebol, jornalistas conhecidos e jogadores de vôlei. Mas são os atores os mais frequentes na minha grade de aulas”, contou.

Ao ser perguntado se os treinamentos para eles costumam ser diferenciados por conta da questão de tempo, ele argumentou:

“O tempo depende muito. Pode acontecer de ser com mais folga para realizar o projeto, mas, em sua maioria, o prazo é corrido. Há treinos em específico, de acordo com o papel que irá fazer: tem ator que precisa ganhar músculo para o personagem e tem artista que precisa emagrecer para entrar no figurino”, contou Marcelo.

E quais são as principais modalidades praticadas por eles: corrida, caminhada, musculação, cross..? “A musculação acaba sendo o carro-chefe. Para quem quer ganhar músculo, os aeróbicos precisam ser pontuais, mas eu sempre índico caminhada e, se for correr, trote leve. Se o objetivo for emagrecer, indico musculação e funcional, além de aeróbicos, de acordo com o perfil do artista”.

Segundo Marcelo, quem deseja ter um corpo baseado em algum artista deve ficar atento à
realidade, já que cada pessoa tem um biotipo e genética característicos. É preciso estabelecer
credibilidade com o aluno para não gerar falsas expectativas. Para ele, não há diferença entre famosos e outros clientes. “É preciso sempre incentivar as pessoas a não desistirem dos exercícios. E essa é uma das razões que, em conjunto, aluno e professor traçam objetivos”.

Corrida

É claro que o Blog perguntou sobre os benefícios da corrida. “A corrida é muito especial, salva vidas, cria laços de amizades e fideliza. Quem começa a correr e pega gosto nunca mais para! Eu acho incrível isso, levando em consideração uma boa alimentação e fortalecimento muscular para garantir um progresso saudável”, disse Marcelo.

Marcelo falou, ainda, da importância de manter a rotina de exercícios durante o período de férias. “Nosso corpo não conhece dias da semana e muito menos férias, isso é nossa MENTE que determina. Hoje, hotéis estão preparados para você não ter desculpas e seguir com sua rotina de exercícios. Você não precisa ficar na mesma intensidade, mas fazer o básico é fundamental. Se forem férias longas de um mês, aí sim precisa levar mais em consideração e MANTER UMA ROTINA. Se for uma semana ou menos dias e você vem com histórico do ano todo praticando, um repouso para SUPERCOMPENSAÇÃO e regenerar o corpo te ajuda a voltar até melhor do que antes e sem riscos de lesões”.

Fisiculturismo

A paixão pelo fisiculturismo nasceu na adolescência, aos 16 anos, quando passou a admirar
quem competia e seus estilos de vida. E, principalmente, pela proximidade com a musculação.

O que era um hobby tornou-se o seu estilo de vida, dedicando-se como atleta fisiculturista.
Amadurecendo a ideia, passou a querer participar do esporte e seguir objetivos e metas dos
atletas que admirava. Foi assim que começou a competir. Segundo ele, é um esporte muito difícil e que necessita de muitos sacrifícios pessoais e profissionais.

Aulas coletivas 

Para Marcelo, a melhor forma de alcançar resultados é fazer conexões com pessoas que pensam igual, que entendam suas dores, que falem sobre a rotina de trabalho, que precisam de novos hábitos e que te ajudem a não desistir.

E foi assim que ele criou um projeto com aulas coletivas na rua junto da academia onde trabalha (Planet Sport).

“Os alunos podiam utilizar toda estrutura da academia, mas isso era determinado pelos professores semana por semana qual atividade seria indicada. Ao longo dos dias, o nível das atividades ficava mais intenso. Dividimos o grupo em duas equipes, e um professor e um nutricionista ficava em cada grupo atendendo e motivando. Os alunos mandavam fotos das refeições, trocavam ideias… Aos domingos, realizávamos atividades para inclusão e os participantes podiam convidar maridos, esposas, amigos (as) e levavam até os pets, para não terem desculpas de não praticar atividade física. E o resultado é surpreendente: sempre ver que em casa pode contar com o apoio de quem está junto. Em muitos casos, os laços de relacionamentos foram restabelecidos pelo trabalho em grupo. Isso foi o auge!”.

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