Torcedores realizam manifestação diante da Ferj contra 'desmandos' da entidade
Rio - Cerca de 30 torcedores, quase em sua totalidade identificados com as cores do Flamengo, fizeram uma manifestação no fim da manhã desta sexta-feira diante da sede da Federação de Futebol do Rio (Ferj), localizada nos arredores do Maracanã, na zona Norte do Rio. O grupo protestou contra o que chamou de "desmandos da FERJ". O ato foi pacífico.
A manifestação fora convocada por torcedores de Flamengo e Fluminense via Facebook, e pouco mais de 700 pessoas haviam confirmado presença. Além da Ferj, o ato era dirigido ao presidente da entidade, Rubens Lopes (conhecido como Rubinho), e do Vasco, Eurico Miranda. A dupla Fla-Flu está rompida com a federação e sofreu ameaça de punição por disputar a Copa Sul-Minas-Rio, organizada pela Primeira Liga.
Na noite de quinta-feira, a CBF publicou resolução autorizando a competição, o que liberou os clubes do Rio a participarem da Copa sem risco de sanções. Isso acabou esvaziando o protesto desta sexta, mas mesmo assim ele foi mantido.
"A Primeira Liga também faz parte da manifestação, mas o que está por trás disso é uma briga muito maior. O presidente da Ferj vem se perpetuando há muitos anos, a questão do nepotismo - que já está sendo levantada pelo Ministério Público -, a questão da cobrança de taxas abusivas, e a principal é a questão da transparência. Eu sou contador, e se você pega o balanço da Ferj, é um absurdo, não tem explicação de nada", explicou Benny Kessel, que é conselheiro do Flamengo e esteve presente ao ato. "Não adianta só dirigente ficar cobrando. Chega uma hora que a torcida tem que tomar ciência e se posicionar também."
Integrante da torcida organizada Urubuzada, mas presente "por vontade própria", Vitor Pimenta fez coro ao discurso. "Estou aqui pelos desmandos da Ferj, que queria punir os clubes que resolveram participar da Liga. Há ainda a questão dos regulamentos que eles aprovam beneficiando os aliados da federação, como Vasco e Botafogo, e indo contra Flamengo e Fluminense, e também pelas incontáveis reeleições do presidente, que nunca sai", declarou.