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Thaisa admite que temia não jogar em alto nível após cirurgias nos joelhos

Redação Folha Vitória

São Paulo - A central Thaisa, da seleção brasileira e do Vôlei Nestlé, de Osasco, será importante para sua equipe no duelo contra o Rexona-Ades, do Rio, pelas semifinais da Superliga Feminina, que começa nesta segunda-feira, às 18h30, no ginásio José Liberatti, e também nos Jogos Olímpicos. Bicampeã em Pequim e Londres, ela já está recuperada de cirurgias nos dois joelhos e quer render cada vez mais.

Principal jogadora da seleção feminina de vôlei, ela confessa que não sabia se poderia voltar a jogar em alto nível. Bicampeã olímpica, a jogadora do Vôlei Nestlé, de Osasco, sabe que o Brasil tem condições de conquistar o tri inédito nos Jogos do Rio.

Em algum momento você teve dúvidas de que poderia voltar a atuar em alto nível

O tempo todo, até o dia do meu primeiro jogo. Nos treinos, ao voltar, não conseguia saltar direito, atacava a bola e era bloqueada, pois não percebia que estava saltando menos. Mas é normal, é um processo que você vai se readaptando aos movimentos. Tinha muitas dúvidas se ia conseguir voltar e render pelo menos próximo do que eu fazia.

Como estão os seus joelhos?

Comparado com as dores que sentia, diria que eles estão 100%. Ainda sinto um pouco, tenho de segurar de vez em quando nos treinos, para que não tenha dores. Mas perto do que sentia, estou super bem.

Quem foi importante nesse seu processo de recuperação?

É um momento solitário. Conto em uma mão as pessoas que mandaram mensagens e procuraram saber como eu estava. Foram pouquíssimas pessoas que se preocuparam. Tive o Fernandinho, nosso fisioterapeuta, que ficou ao meu lado o tempo todo, me ajudou bastante. O pessoal da musculação esteve próximo, minha família também.

O que se pode fazer para que o Vôlei Nestlé pare de oscilar?

A gente tem um time muito forte e temos tudo para ficarmos mais regulares por mais tempo. Na fase de mata-mata isso é ainda mais importante. A gente faz jogo duro contra qualquer time, mas chega no momento dos erros, a gente perde o jogo. Se a gente cometer menos erros, podemos vencer qualquer equipe.

A Olimpíada está chegando. Já dá um frio na barriga?

Para ser bem sincera, eu estou tão preocupada com nossa situação no clube e focada na fase final da Superliga que tenho pensado pouco nisso. Óbvio que imagino, mas o frio na barriga é pelas decisões. Acho que quando terminar a Superliga, a ficha vai cair de vez. Claro que qualquer atleta que tem condições de estar na seleção tem o pensamento, ainda mais por ser na nossa casa.

Como você vê o momento da seleção feminina?

O ano passado não pode servir de parâmetro, pois tivemos um rodízio muito grande de atletas, foram feitos testes, e não se jogou o tempo todo com o time principal. Acho que se perguntarmos para o técnico dos Estados Unidos, ou da Rússia, sobre qual o adversário que mais preocupa, eles vão falar que é o Brasil.

Vocês estão preparadas para a pressão de conquistar o ouro?

Temos de saber lidar com isso, todas estão treinando para dar o máximo. Uma coisa que acho muito importante é que temos um time experiente. Apesar de termos atletas jovens, o grupo vem junto há algum tempo. Jogamos campeonatos importantes e isso cria experiência para momentos difíceis.