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Tite diz que gostaria de ver técnico estrangeiro no comando da seleção brasileira

Redação Folha Vitória

São Paulo - O técnico Tite, do Corinthians, se mostrou favorável à contratação de um estrangeiro para comandar a seleção brasileira, mas ele fez só uma ressalva: "Que seja bom e traga qualidade" ao futebol brasileiro. A declaração foi dada em entrevista na noite desta segunda-feira ao canal FOX Sports. "Técnico estrangeiro (na seleção). Palavra de honra: se trouxer mais qualidade, melhor para todos. Se eu permito? Eu gostaria. Tu não podes trazer o nível para baixo. Mas tem de trazer técnico bom, quanto mais intercâmbio melhor", afirmou.

A discussão sobre a possibilidade de contratar um técnico estrangeiro para a seleção ganhou força após o vexame na Copa do Mundo de 2014 (o 7 a 1 sofrido diante da Alemanha) e voltou à tona depois do time nacional na Copa América. Dunga, que substituiu Felipão na seleção brasileira, também passou a ser criticado.

Em julho, Daniel Alves, lateral-direito da seleção, revelou que Pep Guardiola sonhava treinar a seleção brasileira durante a Copa do Mundo de 2014. Segundo o jogador, o técnico espanhol teria se oferecido para dirigir o Brasil. "Antes da Copa (2014), o Pep queria treinar a seleção brasileira e não quiseram. Ele falou que queria fazer a gente campeão do mundo e tinha toda a estratégia. E não quiseram."

Tite já foi cotado para assumir o Brasil. Também na entrevista ao canal Fox Sports, o técnico do Corinthians revelou que houve um contato em 2012, logo após a saída de Mano Menezes da seleção. Segundo o treinador, o contato da CBF veio por meio do então presidente corintiano, Mário Gobbi. "Foram conversar sobre a possibilidade de me liberar, pois tínhamos o Mundial (de Clubes)", revelou o técnico, que acabou levando o time ao bicampeonato mundial com a vitória por 1 a 0 sobre o Chelsea, na final da competição no Japão.

A CBF, então, contratou Felipão. Após o Mundial, Tite foi apontado como favorito para assumir o cargo. Porém, quem ganhou nova chance foi o técnico Dunga, que já havia comandado o Brasil na Copa de 2010. Apesar do fracasso na Copa América, a CBF banca o atual treinador até a Copa de 2018, na Rússia.