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Time argelino é proibido de jogar em casa após morte

Redação Folha Vitória

Argel - Um clube de futebol da Argélia foi proibido de jogar em seu estádio e poderá ser expulso de competições nacionais e internacionais após um de seus jogadores morrer depois de ser atingido por um objeto lançado, supostamente, pelos seus torcedores.

Nesta terça-feira, a Confederação Africana de Futebol (CAF) apoiou a decisão tomada pelas autoridades da Argélia de impedir o JS Kabylie de jogar no Estádio 1º de Novembro na cidade de Tizi Ouzou, onde o atacante camaronês Albert Ebosse foi fatalmente atingido em um jogo no sábado.

A realização de uma investigação policial foi ordenada pelo Ministério do Interior da Argélia e o Kabylie não poderá jogar em Tizi Ouzou, enquanto a morte de Ebosse estiver sendo investigada.

A CAF, a Federação de Futebol da Argélia e a liga profissional argelina disseram que esta foi apenas a primeira sanção para o Kabylie e alertou que o time pode sofrer novas punições.

Assim, a CAF e os organismos argelinos podem optar por excluir o Kabylie, atual vice-campeão nacional, de competições do país e também da Liga dos Campeões da África. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, pediu "punições exemplares". "É intolerável que um espectador cause a morte de um jogador", disse o dirigente em um comunicado.

Ebosse, de 24 anos, foi atingido por um objeto quando ele deixava o campo após a derrota por 2 a 1 do seu time para o USM Alger no último sábado. O objeto parecia ser uma pedra e foi aparentemente arremessado de um setor de torcedores do time da casa, irritados com o resultado negativo.

O jogador sofreu um traumatismo craniano e hemorragia interna, morrendo no hospital. O presidente da liga de futebol profissional da Argélia, Mahfoud Kerbadj, e o novo treinador da seleção, Christian Gourcuff, estavam no estádio assistindo a partida.

Os jogos da liga nacional da Argélia que estavam programados para o próximo fim de semana foram cancelados como um sinal de respeito por Ebosse.