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Bahia estuda romper contrato com o Esporte Interativo após fim do canal

O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, afirmou que o clube vai estudar a possibilidade da rescisão.

Redação Folha Vitória


Depois de o canal Esporte Interativo ter anunciado nesta quinta-feira o fim das operações no Brasil, os clubes que haviam fechado contrato com a empresa para transmissão de jogos do Campeonato Brasileiro começaram a reavaliar a parceria. A diretoria do Bahia, por exemplo, estuda cancelar o acerto ao buscar a rescisão na Justiça, se for necessário.

O clube nordestino é um dos sete times da Série A que fecharam com a empresa para os direitos de transmissão das partidas do Brasileiro entre 2019 e 2024 em canais fechados. Procurados pela reportagem, as equipes manifestaram surpresa com o anúncio da empresa Turner, dona do canal, e contaram terem sido informadas do fim da operação pelo comunicado da empresa, divulgado na manhã desta quinta.

O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, afirmou que o clube vai estudar a possibilidade da rescisão. "Se forem confirmadas as informações prévias que a gente tem, somado aos problemas já identificados anteriormente no contrato, o Bahia vai buscar a rescisão via arbitragem, tudo isso com as respectivas indenizações, para proteger o patrimônio e a imagem do clube", afirmou.

Além do Bahia, Palmeiras, Inter, Ceará, Paraná, Atlético-PR e Santos são os times que atualmente estão na Série A e haviam fechado nos últimos anos acordo de transmissão de partidas com o Esporte Interativo. A emissora anunciou o fechamento dos canais no Brasil e prometeu transferir os jogos de futebol para outros canais, como TNT e Space.

A emissora pagou aos clubes pelo menos R$ 40 milhões como luvas pela assinatura dos contratos de transmissão. O único a receber um valor maior foi o Palmeiras, de R$ 100 milhões, o que gerou questionamentos nos bastidores por parte de algumas destas equipes. A diferença na quantia se tornou pública depois de as diretorias publicarem os balanços financeiros com as respectivas presenças dos valores dos contratos.

Os clubes se sentiram incomodados com a diferença porque inicialmente o Esporte Interativo havia anunciado que o teto do acordo era de R$ 40 milhões. Antes mesmo do anúncio do fim do canal, algumas diretorias de equipes estavam insatisfeitas e estudavam uma forma de repensar o contrato, pois o documento havia sido firmado por seus antecessores.