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Assembleia-geral no Santos terá segurança de 'clássico', diz Marcelo Teixeira

José Carlos Peres ainda tenta cancelar, na Justiça, a realização da assembleia. Marcelo Teixeira afirmou que o Conselho vai atuar para cassar uma eventual liminar

Redação Folha Vitória

O presidente do Conselho Deliberativo do Santos, Marcelo Teixeira, revelou que um esquema de segurança semelhante a de um "clássico" será feito para a assembleia-geral deste sábado, quando será votado o impeachment do presidente do clube, José Carlos Peres.

"Vamos ter o apoio da Polícia Militar na parte externa da Vila Belmiro, juntamente com seguranças do Santos. Na parte interna, uma empresa de segurança foi contratada para que não haja nenhum tipo de envolvimento", afirmou Teixeira, que, apesar de todo o esquema, prevê um clima 'tranquilo'. "Não acredito que haja nenhum tipo de problema. A votação vai ser feita com tranquilidade."

José Carlos Peres é alvo de duas ações que podem resultar em impeachment. Em um dos processos, ele é acusado de ser sócio de uma empresa de agenciamento de jogadores, o que é proibido pelo estatuto. O outro aponta como irregular uma portaria publicada por ele, na qual define que todas as contratações do clube devem ser decididas pelo presidente, ignorando o Comitê de Gestão, principal órgão administrativo do clube.

A aprovação (ou reprovação) acontece por maioria simples. Só pode votar quem é sócio há mais de um ano e está adimplente. Segundo Marcelo Teixeira, cerca de 17 mil sócios têm direito a voto. Na última eleição para presidente, 5.676 sócios votaram. "Nossos parâmetros são para dias de eleição, por isso não sabemos qual o número de pessoas que poderão comparecer", afirmou o presidente do Conselho Deliberativo. "Estamos preparados para receber 17 mil". Dez urnas serão instaladas.

VÍDEO POLÊMICO - Marcelo Teixeira minimizou a denúncia feita por intermédio de um vídeo, que mostra o empresário de jogadores Henrique Oliveira oferecendo dinheiro a um sócio do Santos para que o mesmo pudesse votar a favor do impeachment de Peres. "A denúncia em nada prejudica a votação. Não temos conhecimento de quem parte esse tipo de vínculo, se são gravados para prejudicar por A ou B. O Conselho está fazendo seu trabalho, cuidando de todos os pormenores."

Segundo o dirigente, o Santos será o maior prejudicado nesta situação. "Trata-se de um momento democrático, importante, mas também bastante delicado. Evidentemente, fere a imagem do clube."

Marcelo Teixeira confirmou que duas empresas de advocacia foram contratadas para que sejam feitas algumas alterações no estatuto do clube. Reuniões com conselheiros foram realizadas e serão apresentadas sugestões no início de outubro. "No fim de outubro, começo de novembro poderemos ter mudanças estatutárias."

José Carlos Peres ainda tenta cancelar, na Justiça, a realização da assembleia. Marcelo Teixeira afirmou que o Conselho vai atuar para cassar uma eventual liminar. "Se forem identificadas em tempo tanto da mesa quanto do conselho, nós tomaremos as medidas cabíveis e necessárias."