Com polêmica da Mercedes, Hamilton vence GP da Rússia e dispara na liderança
Em circunstâncias diferentes das que está acostumado, o inglês Lewis Hamilton venceu pela terceira vez em sua carreira o GP da Rússia da Fórmula 1, neste domingo, e disparou na briga pelo título. O vencedor, provavelmente, seria o companheiro de Mercedes Valtteri Bottas, que fez a pole, mas recebeu ordem da equipe para deixar o inglês ultrapassá-lo.
A grande polêmica da corrida aconteceu na 25ª volta do Circuito de Sochi, quando o chefe da Mercedes, Toto Wolff, ordenou, pelo rádio, que Bottas, então na ponta, abrisse passagem para Hamilton, que tinha bolhas em seu pneu. A cena foi semelhante aos episódios envolvendo Schumacher e Barrichello, na Áustria, em 2002, e Alonso e Massa, na Alemanha, em 2010. O inglês, então, assumiu o primeiro lugar e se manteve no posto até o final.
Pouco antes da volta derradeira, Bottas perguntou pelo rádio à equipe se a corrida terminaria como estava, com Hamilton à sua frente, e ouviu de Wolff: "sim, falaremos sobre isso depois da corrida".
Hamilton, que costuma vibrar muito em suas vitórias, desta vez, foi contido em razão da polêmica. As imagens da televisão flagraram o tetracampeão, meio sem jeito, pedindo desculpas ao companheiro de equipe após a corrida. No pódio, não houve festa e Hamilton chegou até a oferecer o troféu da vitória a Bottas, que, porém, não aceitou.
Sem conseguir ameaçar os carros da Mercedes, Sebastian Vettel, que vê o rival ficar cada vez mais longe na liderança do Mundial de Pilotos, fechou o pódio. O companheiro do alemão, Kimi Raikkonen, foi o quarto colocado, completando a dobradinha da Ferrari na segunda fila.
Quem brilhou, de fato, na Rússia, foi o holandês Max Verstappen, que largou na penúltima posição, punido por troca nas peças do motor. Com uma corrida de recuperação impressionante, Verstappen cruzou a linha de chegada na quinta posição. O piloto da Red Bull se arriscou, tanto que só parou para trocar os pneus faltando dez voltas para o final, e teve sua ousadia premiada.
Seu companheiro de Red Bull, o australiano Daniel Ricciardo, que largou na última posição, também foi destaque em Sochi e chegou logo atrás, na sexta posição. Charles Leclerc colocou a Sauber na sétima posição, Kevin Magnussen, da Haas, foi o oitavo. Esteban Ocon e Sergio Pérez, da Force India, fecharam o top 10.
Restando cinco corridas para o final da temporada, Hamilton vai ficando cada vez mais perto do seu quinto título da Fórmula 1. Com o triunfo, o inglês, que chegou à marca de 70 vitórias na carreira e venceu pela oitava vez na atual temporada, abre mais dez pontos de vantagem no Mundial de Pilotos para Sebastian Vettel, vice-líder, e fica com 291 pontos, contra 241 do alemão.
A próxima corrida da Fórmula 1 será o GP do Japão, já no próximo final de semana. Passada a prova no circuito asiático, restarão quatro corridas para o final da temporada.
Confira a classificação final do GP de Cingapura:
1º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), em 1h27m25s181
2º - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), a 2s545
3º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a 7s487
4º - Kimi Raikkon (FIN/Ferrari), a 16s543
5º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 31s026
6º - Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull), a 1min20s451
7º - Charles Leclerc (MON/Sauber), a 1min38s390
8º - Kevin Magnussen (DIN/Haas), a 1 volta
9º - Esteban Ocon (FRA/Force India), a 1 volta
10º - Sergio Pérez (MEX/Force India), a 1 volta
11º - Romain Grosjean (FRA/Haas), a 1 volta
12º - Nico Hulkenberg (ALE/Renault), a 1 volta
13º - Marcus Ericsson (SUE/Sauber), a 1 volta
14º - Fernando Alonso (ESP/McLaren), a 1 volta
15º - Lance Stroll (CAN/Williams), a 1 volta
16º - Stoffel Vandoorne (BEL/McLaren), a 2 voltas
17º - Carlos Sainz (ESP/Renault), a 2 voltas
18º - Sergey Sirotkin (RUS/Williams), a 2 voltas
Não completaram a prova:
Pierre Gasly (FRA/Toro Rosso)
Brendon Hartley (NZL/Toro Rosso)