Djokovic celebra por igualar 'ídolo' Sampras e diz que aprendeu com adversidades
Um ano depois de ficar fora do US Open por causa de uma lesão no cotovelo direito, algo que lhe exigiu a realização de uma cirurgia, Novak Djokovic mostrou que ele está inquestionavelmente de volta ao seu melhor e também no topo do tênis. Neste domingo, ele conquistou seu 14º título de Grand Slam e o segundo consecutivo ao derrotar o argentino Juan Martin del Potro, campeão em Nova York em 2009, por 6/3, 7/6 (7/4) e 6/3, em Flushing Meadows.
Este foi o terceiro título do US Open de Djokovic, juntamente com os de 2011 e 2015. Ele também ganhou seis Abertos da Austrália, um Roland Garros e quatro Wimbledons, o mais recente em julho. E, aos 31 anos, esses 14 títulos de Grand Slam o deixam igualado a Pete Sampras, estando atrás apenas dos 20 de Roger Federer e dos 17 de Rafael Nadal. "Eu tinha esperanças de que ele estivesse aqui, mas ele não está", disse Djokovic sobre Sampras. "Ele é meu ídolo. Pete, eu te amo".
Federer perdeu na quarta rodada em Nova York, enquanto Nadal abandonou sua semifinal contra del Potro por causa de uma lesão no joelho direito. Isso colocou o argentino de 29 anos de volta à final, pela primeira vez desde o seu único título do US Open. E ele realizou quatro operações no punho nesse período de nove anos.
"Eu gostaria de parabenizar Juan Martin por ainda ter fé, por ainda ter crença em si mesmo", disse Djokovic, que deu em seu amigo um abraço na rede e depois o consolou quando chorava. "Acredito que ele estará aqui novamente com o troféu do campeão", disse.
Del Potro revelou nesta semana sobre aquele que considerou o seu ponto mais baixo, em 2015, quando chegou a cogitar abandonar o esporte. Mas com seu forehand e um potente saque se recuperou, atingindo o terceiro lugar no ranking da ATP e avançando à final do US Open. Só não foi suficiente para derrotar Djokovic na final deste domingo. "Claro que estou triste", disse Del Potro. "Mas estou feliz por Novak e o time dele. Eles merecem vencer".
Djokovic nunca havia passado por uma ausência prolongada do circuito até 2017, quando ficou de fora da segunda metade da temporada por causa das dores no cotovelo que o atormentaram por mais de um ano. Ele tentou voltar no início desta temporada, mas não conseguiu, e decidiu fazer uma cirurgia em fevereiro.
Depois, levou algum tempo para recuperar a antiga forma, como evidenciado por sua derrota nas quartas de final de Roland Garros. Entretanto, Djokovic voltou a jogar em alto nível, como comprovado pelos títulos de Wimbledon e do US Open.
"Quando eu fiz a cirurgia no meu cotovelo no início deste ano, eu realmente pude entender o que Juan Martin estava passando. Tempos difíceis, mas você aprende com a adversidade", disse Djokovic. "Eu tento tirar o melhor de mim nesses momentos", comentou o campeão do US Open.