Membro do COI, dirigente da Fiba sofre ataque cardíaco e morre na Argentina
O movimento olímpico está de luto em Buenos Aires. Patrick Baumann faleceu aos 51 anos vítima de um ataque cardíaco. O dirigente foi socorrido pelos médicos, mas acabou morrendo. Ele estava na Argentina acompanhando os Jogos Olímpicos da Juventude. Ele era membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) e secretário-geral da Fiba (Federação Internacional de Basquete).
"Estamos chocados com o que aconteceu, um golpe duro na gente. Nós mal podemos acreditar nessa notícia terrível. Ele vinha trabalhando duro, inclusive hoje, pelo esporte que tanto amava. Perdemos um jovem e simpático líder cheio de esperança que batalhava pelo futuro do esporte. Nossos sentimentos para sua mulher, filhos e família", afirmou Thomas Bach, presidente do COI.
Em homenagem ao dirigente, o COI vai organizar uma cerimônia em sua memória na Vila Olímpica da Juventude. Também foi determinado que a bandeira olímpica ficará a meio mastro no quartel-general do COI em Lausanne, na Suíça, e na sede da entidade nos Jogos da Juventude pelos próximos três dias.
Em Buenos Aires a tristeza pela morte é grande. "Patrick foi um dirigente esportivo brilhante e uma grande pessoa. Eu tive a honra de que ele me considerasse seu amigo. Estamos muito entristecidos por sua morte repentina", comentou Gerardo Werthein, presidente do Comitê Olímpico Argentino e membro do COI.
Baumann nasceu em 5 de agosto de 1967 na Basileia, na Suíça, e sempre teve um contato grande com o basquete. Foi jogador, técnico e até juiz. Ingressou na Fiba em 1994, como advogado, mas graças ao seu vasto conhecimento foi galgando degraus na entidade - ele fez MBA e mestrado em esportes. Era casado e tinha dois filhos.
Na Fiba, tornou-se secretário-geral em 2002, cargo que ocupava até hoje. Foi um dos grandes incentivadores do basquete 3x3, que está sendo disputado nos Jogos Olímpicos da Juventude e entrou no programa oficial dos Jogos de Tóquio, em 2020, quando fará sua estreia na Olimpíada adulta pela primeira vez. Por sua atuação como dirigente, já era cotado para se tornar presidente do COI no futuro.
"Sob sua liderança, a Fiba avançou como uma organização moderna e se tornou um modelo para outras federações esportivas internacionais. Patrick esteve à frente de mudanças radicais na nossa estrutura de governança. Ele sempre teve ética, foi comprometido e um apaixonado pelo basquete. Nossas condolências para sua esposa Patricia, sua família e seus entes queridos", disse Horacio Muratore, presidente da Fiba.