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Tribunal croata rejeita acusação contra Modric por falso testemunho

Uma corte da Croácia rejeitou uma acusação contra o meia Luka Modric por suposto falso testemunho em um depoimento que o craque do Real Madrid deu à Justiça, em junho de 2017, durante o julgamento de um caso de corrupção envolvendo ex-dirigentes do Dínamo Zagreb, ex-clube do atleta, que no mês passado foi eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa.

O Tribunal Criminal Municipal de Zagreb confirmou a vários veículos da imprensa da Croácia que a acusação, feita pela promotoria de Osijek em 2 de março, foi negada na última sexta-feira. Embora não tenha fornecido detalhes sobre a decisão judicial, a corte que fica na capital croata revelou que a acusação foi considerada "prematura".

Apesar desta vitória na Justiça, a decisão ainda cabe recurso, que, se interposto pelos promotores de acusação, será mais um capítulo do polêmico episódio que arranhou a imagem de Modric fora dos gramados. Ele foi acusado de cometer perjúrio por supostamente omitir práticas ilícitas que teriam ocorrido em um acordo financeiro entre ele e Zdravko Mamic, ex-diretor do Dínamo Zagreb, que em junho passado foi condenado a seis anos e meio de prisão por peculato e evasão fiscal.

A sentença foi anunciada em um tribunal da cidade croata de Osijek, cujos promotores acusaram Mamic de ter desviado, junto com outros três ex-dirigentes do Dínamo, 15 milhões de euros (cerca de R$ 68 milhões pela cotação atual) em acordos fictícios aproveitando a transferência de jogadores do Dínamo para clubes de fora da Croácia.

Entre estas negociações estão a que levou Modric do Dínamo Zagreb com o Tottenham, clube no qual chegou em 2008 e que ele defendeu até 2012, quando se transferiu para o Real Madrid. E Mamic também foi considerado culpado pelo crime de evasão fiscal após sonegar no total 1,6 milhão de euros (cerca de R$ 7,3 milhões) em impostos.

De acordo com os promotores da cidade de Osijek, Modric mentiu sobre detalhes financeiros de sua transferência do Dínamo para o Tottenham, em 2008. A lei croata prevê uma pena de até cinco anos de prisão para este tipo de crime.

Na última terça-feira, Modric defendeu o Real Madrid durante a derrota por 1 a 0 para o CSKA Moscou, na capital russa, pela segunda rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões. De forma surpreendente, ele começou o confronto entre os reservas e foi colocado em campo pelo técnico Julen Lopetegui apenas aos 11 minutos do segundo tempo.