Empresas e empreendedores sobrevivem à Covid-19 através da Presença Digital

Uma coisa não pode ser negada a respeito dos movimentos comerciais causados pela pandemia de Covid-19:

Empresas que já contavam com uma agência de marketing digital, ou que pelo menos realizavam, “em casa”, a atualização das redes sociais, contatos com os clientes pelo WhatsApp ou atendimento por delivery, tiveram menos dificuldades para sobreviver do que empresas que acreditavam que não precisavam investir na internet, já que seus empreendimentos não eram negócios digitais.

Quem precisou fechar as portas, viu o faturamento despencar do dia para a noite e se sentiu obrigado a desenhar uma nova estratégia, no limiar da urgência, para manter a empresa funcionando.

Aparecer entre as primeiras respostas do Google, seja através de resultados orgânicos ou através de anúncios, foi o que fez com que muitos autônomos, profissionais liberais e empresas prestadoras de serviços conseguissem se manter em atividade, mesmo em um período caótico e em época de DIY (Do It Yourself, ou, em português, “faça você mesmo”), em que muita gente parou de contratar certos serviços e aproveitar o tempo em casa para colocar a mão na massa.

Quem já contava com uma carteira de clientes fixos considerável, conseguiu se sair bem e manter contratos e parceiros para continuar trabalhando, mas quem ainda não estava consolidado, precisou, mais do que tudo, contar com a divulgação online para conseguir manter as contas em dia.

Facebook, Instagram, anúncios no Google e/ou em jornais digitais, criação de site e listas de transmissão e grupos do WhatsApp e do Telegram foram essenciais para que muitos empreendedores não se vissem “fora do jogo”, já que diversos tipos de serviços, como  limpeza de estofados e tapetes, cuidados com piscinas e jardins, lavagem de carros e até pequenos reparos residenciais, que em muitos casos eram realizados por profissionais ou empresas segmentadas, passaram a ser feitos pela família, que acabou também optando por realizar economias em contratações e praticar atividades que, anteriormente, seriam substituídas por tempo na academia ou em atividades de lazer.

Quem não quis ver o faturamento do seu negócio ou toda a sua receita mensal escoar pelo ralo da pandemia global, precisou criar estratégias inteligentes, práticas, rápidas e eficientes, tanto para fazer anúncios quanto para se comunicar com o público de uma forma coerente, compreendendo que tudo mudou.

A questão da higiene nunca foi tão valorizada como passou a ser desde que a Covid foi anunciada. Luvas, máscara, álcool gel, profissionais que não apertem mãos, não entreguem cartões e não peçam um “copinho de água” ao chegar à casa do cliente, foram apenas algumas das imposições que a pandemia trouxe para quem não quis deixar de trabalhar durante essa época sombria.

Em um período em que muita gente ficou trabalhando em home office e a criançada também precisou estudar a distância, buscar ajuda para tornar o ambiente mais agradável e menos “tedioso” foi mais do que necessário para muitas famílias, o que também acabou criando algumas oportunidades para quem decidiu olhar para o mercado empreendedor em meio ao caos.

Enquanto skates, patins, bicicletas e outros itens e acessórios esportivos sofreram quedas vertiginosas em percentuais de vendas, quem olhou para a necessidade do consumidor aproveitou a oportunidade para vender as melhores bicicletas ergométricas, esteiras, caneleiras e pesos de musculação e até videogames das mais variadas marcas e modelos, afinal, quem tinha por hábito manter o corpo em movimento, não conseguiria passar a pandemia inteira sentado no sofá.

E se vender presencialmente não foi fácil em meio às restrições impostas pela Covid-19, foi nas vendas online que muita gente se apoiou para resistir, superar e até conquistar maior participação no mercado.

Quem já tinha um e-commerce antes da pandemia começar, mesmo que não o utilizasse como canal principal de vendas, já tinha um pouco da experiência e conhecimento a respeito de como funciona a relação com os intermediadores ou gateways de pagamento, rastreio correios, custos de manutenção da plataforma, integrações necessárias com ferramentas de e-mail, ERP e outras que são úteis para o gerenciamento de uma loja virtual.

Quem nunca trabalhou online precisou correr contra o tempo e competir em um mercado que já conta com pessoas bem experientes e estratégias bem definidas para o digital, o que pode ter causado certa lentidão na recuperação do faturamento e até, impossibilitando a recuperação de algumas empresas.

A pandemia mostrou ao mercado de consumo e de serviços que, por mais que um negócio esteja bem consolidado no presente e que tenha uma história respeitada em seu passado, não se pode negar ou rejeitar as tendências de futuro.

Micro e pequenas empresas em que as decisões são monocráticas, muitas vezes acabam ficando estacionadas no tempo, agarradas ao que já é seguro e parece funcionar, porém, em um momento em que o “normal” muda de sentido, elas podem ficar sem uma bússola que as guie para a continuidade, ou seja, para o futuro.

A pandemia, que nada trouxe de bom, deixou alguns aprendizados ao longo do caminho. Olhar para o futuro é importante, e se preparar para ele é essencial.

O mercado presencial e convencional nunca deixará de existir, mas a presença digital, hoje, é o que torna uma empresa conectada ao mundo dos seus clientes, e isso, jamais poderá ser desprezado.

 Redação: Bruna Bozano.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *