Especial Enem: dicas, verdades e mitos (parte 2)

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Nos dois últimos finais de semana do mês de novembro acontece o Enem, o maior vestibular de nosso país. Por essa razão, desde o último artigo (leia aqui), nós demos início ao especial Enem. Ou seja, uma coluna que trará, até a data de aplicação do exame, os mitos e as verdades sobre esse vestibular. Além disso, trarei dicas fundamentais para o vestibulando se preparar melhor nesta reta final.

O nível de dificuldade é determinado só na hora da correção: verdade

No último artigo, falamos um pouco sobre o TRI, a ferramenta estatística que calcula a nota dos candidatos que realizam a prova do Enem. O TRI é um método que atribui a cada questão um determinado valor, na qual as mais fáceis recebem um valor maior que as mais difíceis.

Esse valor, no entanto, é dado após a realização da prova e não antes. Cada área do conhecimento possui 45 questões, que se se distribuem em um espectro de níveis de dificuldade. Mas ao contrário do que alguns candidatos pensam, esses níveis de dificuldade são delimitados na hora da correção da prova e não antes pela banca do exame ou pelo próprio INEP.

Quem define se a questão é difícil ou fácil são os milhões de candidatos que realizam a prova. As questões mais acertadas tornam-se as mais fáceis, logo, valem mais pontos e errá-las prejudica bastante a nota. Já as mais difíceis, são as mais erradas e assim, as que valem menos pontos na contagem final.

Existe questão meio certo: mito

Certamente esse é um dos maiores mitos no que diz respeito ao modo de correção do Enem. Muitos vestibulandos pensam que as questões da prova apresentam tanto alternativas 100% certas como alternativas meio certas, na qual o candidato consegue marcar pontos parcialmente. Isso é um mito!

Cada questão do Enem possui uma única alternativa que fornece a totalidade de pontos da questão e quatro alternativas igualmente erradas que não atribuem pontos a prova. Esse mito tomou grandes proporções pelo caráter do exame, no qual muitas questões parecem ter alternativas parcialmente certas ou subjetivas que dão a entender que algo de correto existe nelas.

A prova do Enem usa muito o artifício de colocar nas alternativas respostas que estão certas, mas não satisfazem ao questionamento feito. Somente uma das alternativas está correta porque satisfaz o que está sendo perguntado. Vamos a um exemplo:

“Quantos lados têm um triângulo?”

  • a) Três lados;
  • b) O triângulo tem três vértices;
  • c) O quadrado tem quatro lados;
  • d) Quatro lados;
  • e) Cinco lados.

Repare que nesse exemplo básico, a alternativa correta é a “a”, mas as alternativas “b” e “c” possuem afirmativas corretas. Entretanto, elas não atendem o que está sendo de fato perguntado.

Por isso, o candidato precisa ter muita atenção na hora de ler os enunciados, julgar as respostas e sempre se perguntar se além de correta, a alternativa responde o que está sendo pedido.

Dica: ocorreu algum acontecimento muito importante, ele pode aparecer como um tema da redação?

A prova de redação é um dos maiores terrores dos candidatos do Enem. Ter um tempo limitado para escrever sob pressão um texto dissertativo-argumentativo e que vale uma grande porcentagem da nota, realmente não é das tarefas mais fáceis e é por isso que os milhões de candidatos que fazem a prova se preocupam tanto em adivinhar os possíveis temas da redação para que exista tempo e antecedência para a sua preparação.

De fato, muitas vezes os temas cobrados pelo exame são cotidianos e atuais. Isso leva o candidato a pensar que qualquer coisa que aconteça no Brasil e no mundo pode ser uma possível pauta para a redação do Enem. Dessa forma, leva a uma preocupação na hora de treinar a escrita com temas que naquele ano, na realidade, tem chances mínimas de serem cobrados. É claro que treinar a escrita com temas variados aumenta o espectro de repertório e vocabulário do aluno, mas ainda sim vale uma dica.

A prova do Enem é confeccionada entre maio e julho, sendo posteriormente diagramada e impressa para haver assim tempo hábil à distribuição do vestibular por todo o país. O que muitos candidatos não levam em consideração é que se a prova é montada, no mais tardar, em julho, fatos de relevância nacional e internacional que ocorreram após isso. Ou seja, no segundo semestre do ano, não estarão presentes na prova, nem como pauta de redação, nem como temática de atualidades nas questões objetivas.

Sendo assim, o candidato deve se despreocupar acerca dos acontecimentos mais recentes. Isso porque eles não irão aparecer no exame e, ao mesmo tempo, atentar-se aos fatos ocorridos no primeiro semestre do ano, pois foi quando os possíveis temas foram sugeridos aos especialistas da banca selecionada pelo INEP.

Nas próximas semanas, traremos mais conteúdo abordando verdades, mitos e dicas para o candidato sair na frente de seus concorrentes no maior vestibular do Brasil. Não perca!

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Enem

*artigo escrito por Lorenzo Ferrari Assú Tessari, especialista em aprendizagem e metodologias de ensino e diretor e cofundador da Gama Ensino e da Anole.

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