Gratos Latidos

Poema enviado pela leitora Beatrice Vago

Gratos Latidos

Eu fiquei amedrontado, não nego;
eu fiquei triste, assumo;
eu fiquei com raiva, admito;
quis até morder sua mão, desculpe minha sinceridade;
detestei aquela gaiolinha, quis derrubá-la!
E aqueles outros pacientes escandalosos?
Esgotavam minha paciência…
Ração de novo????E minha vasilhinha exclusiva?
Lá vem outra injeção??O QUE É ISSO????
Oh, não! O termômetro, não!
De que é feito aquele remédio de gosto horrível??
Sem beijo de boa-noite!!??
Olha, doutor, vamos falar sério:
ninguém quer ficar internado;
ninguém quer ter machucado;
ninguém quer sentir dor.
Mas eu sentia, e muita…
E meus “pais” sofriam comigo
Até que o senhor cuidou de mim
– de um modo um tanto peculiar, digamos –
Me olhava todos os dias: “Ah, já está melhorando”.
Dava notícias à minha família
Se importava comigo e me restituiu a saúde.
E agora…Bem,
hoje corro novamente livre
pela relva úmida do quintal de minha casa
as dores foram embora
o mal-estar se esvaiu
minhas pernas são agora ágeis e inquietas máquinas
de me fazer descer morros e subir encostas
voltei ao meu lar.
Meus companheiros humanos e caninos, que tanto amo,
me receberam exultantes de alegria
Por isso, doutor, hoje quero lhe dizer:
Muito Obrigado!
O senhor e seu jaleco branco agora fazem parte dos milhões de motivos que tenho,
todos os dias, de abanar minha caudinha faceira,
por gratidão e por felicidade.
Deixo, então, para o senhor, o pensamento de um humano bacana pra cachorro:

“Eu sou a favor dos direitos animais bem como dos direitos humanos. Essa é a proposta de um ser humano integral.” Abraham Lincoln

Johnny e Nanny (assinam também João, Lady e Bia)

Ao Dr. Júlio César Costa Caiado

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