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Trabalhadores da Samarco no ES vão ficar mais dois meses parados

De acordo com a Samarco até esse novo prazo, a empresa espera ter uma visão mais clara a respeito da retomada das operações. Enquanto isso, 700 do Espírito Santo estão em lay-off

Samarco estende lay-off de trabalhadores até junho. Foto: TV Vitória

Os trabalhadores da mineradora Samarco, que estavam com contratos suspensos por três meses, vão ficar outros dois meses parados. Isso porque o período de lay-off, essa suspensão de contratos, foi estendido até o dia 25 de junho.

De acordo com a Samarco durante esse novo prazo, a empresa espera ter uma visão mais clara a respeito da retomada das operações. Cerca de 1,2 mil empregados, sendo 700 do Espírito Santo estão em lay-off.

O diretor do Sindimetal, Max Célio, vê como positivo esse novo prazo. “Esse acordo era de três meses e passou para cinco, que é o prazo máximo. Vemos isso como um ponto positivo, diante da conjuntura atual da empresa e dos empregados, pois teremos mais dois meses de emprego garantido para esses trabalhadores”, disse.

No entanto, Max também aponta preocupação com possíveis futuras demissões. “Ao final desse prazo ficaremos sem mecanismos para negociar e, se as operações não retornarem, a manutenção desses empregos fica desfavorável e a empresa vai querer discutir demissões”, destacou.

Em nota a Samarco informou que “desde o dia 5 de novembro de 2015 não tem medido esforços para manter sua força de trabalho, e que mantém diálogo transparente com os sindicatos do Espírito Santo e de Minas Gerais".

Os trabalhadores tiveram as atividades afetadas no dia 25 de janeiro de 2016, e passaram por cursos de qualificação nesse período. As atividades da empresa estão paralisadas no Espírito Santo desde novembro do ano passado. 

Barragem

A barragem da Samarco, cujos donos são a Vale e a BHP Billiton, se rompeu em 5 de novembro, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, deixando 17 mortos e dois desaparecidos. A lama de rejeitos chegou ao Espírito Santo no dia 16 de novembro e atingiu o mar, seis dias depois, no dia 22.