Geral

Theresa May já propôs fim da isenção de visto para Brasil, mas Londres rejeitou

Redação Folha Vitória

Londres - Tida como favorita para ocupar a vaga de premiê do Reino Unido após a saída de David Cameron, a atual ministra do Interior do governo britânico, Theresa May, propôs em 2013 o fim da isenção de visto para brasileiros em viagem ao Reino Unido. Na época, a ministra sugeriu acabar com a regra que permite que brasileiros visitem o país por até seis meses. A proposta, porém, foi rejeitada pelo Conselho de Segurança Nacional do Reino Unido.

Em 2013, já havia grande pressão para que o governo David Cameron reduzisse o número de imigrantes no país. Como resposta, uma das propostas levantadas por Theresa May foi acabar com a regra que permite que portadores de passaporte brasileiro possam ficar até 180 dias no Reino Unido. Um dos argumentos era que o Brasil estava na lista dos dez países com mais imigrantes ilegais no Reino Unido e, ao contrário das outras nove nações dessa lista, não conta com a exigência de visto. Em 2011, mais de 2 mil brasileiros foram deportados do país - o quinto maior volume registrado pelo governo.

O plano foi apresentado formalmente em março de 2013 pelo Ministério do Interior, área responsável pela imigração britânica, em uma reunião do Conselho de Segurança Nacional, esfera máxima do governo britânico para o tema. A ideia, porém, foi rejeitada e o anúncio foi feito pelo próprio primeiro-ministro David Cameron. "O Conselho de Segurança Nacional reuniu-se recentemente e considerou algumas questões de fronteira e decidiu não exigir vistos para os brasileiros", disse Cameron em sessão no Parlamento.

Cameron explicou aos parlamentares que a manutenção da regra era importante, já que, na época, o Brasil crescia e o gasto de turistas brasileiros no exterior era crescente. "Nós queremos trabalhar com os brasileiros e também melhorar a segurança nas fronteiras", disse o primeiro-ministro, ao comentar que, ao contrário, o governo britânico tentava aumentar o fluxo de turistas de países emergentes. "Estamos olhando para uma série de medidas para garantir que possamos atrair mais turistas dos mercados de mais rápido crescimento, como a China e outros países".