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Médico que quebrou objetos em unidade de saúde é afastado por mais 15 dias

Ele já estava afastado das funções desde o dia 16 de maio, em decorrência do andamento do processo

Foto: TV Vitória

O médico que teve um ataque de fúria e quebrou objetos em uma unidade de saúde de Cariacica vai ficar mais 15 dias afastado das funções após a conclusão do Processo Administrativo Disciplinar (PAD), aberto pela Prefeitura após o fato.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), a decisão foi a suspensão do médico Aurédio Couto por 15 dias sem vencimentos a partir do último dia 14, quando foi publicado no Diário Oficial do Município. Ele já estava afastado das funções desde o dia 16 de maio, em decorrência do andamento do processo.

A primeira decisão pelo afastamento ocorreu logo após o médico ter um ataque de fúria dentro da unidade de saúde de Jardim América. Vídeos feitos por pacientes mostram o médico Auredio Couto na recepção, bastante alterado. Ele retirou gavetas e jogou no chão. Segundo pacientes, o profissional teria feito o mesmo dentro do consultório onde faria os atendimentos.

No dia seguinte, ele compareceu ao posto de saúde e desabafou sobre o que teria motivado a atitude extrema. De acordo com ele, as condições de trabalho no local não atendem as necessidades dos pacientes. Ele alega faltar material e até espaço para atendimento. "Infelizmente é o sistema. Os pacientes precisando de ajuda, de atendimento, todos na chuva, chegam de madrugada, depois ficam em pé na fila, pois não tem uma cadeira. Isso é desumano. Eu vim aqui e parece que não tem sala para eu atender novamente, mas estou à disposição, pois depois podem cortar meu ponto por não comparecer ao trabalho", destacou.

Na mesma semana, a secretária de saúde do município pediu exoneração do cargo. No lugar de Stefane Legran, a prefeitura nomeou, interinamente, Cláudia Rachbart Teixeira. Ela, a gerente de atenção primária e o coordenador de Recursos Humanos da pasta se reuniram nesta segunda-feira com o doutor Aurédio para explicar o processo administrativo disciplinar. 

A reportagem do jornal online Folha Vitória tentou falar com o médico Aurédio Couto sobre a decisão da prefeitura, mas as ligações não foram atendidas.


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