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Pablo Casado é flagrado em escândalo de fraudes em diplomas universitários

Redação Folha Vitória

Recém-escolhido para suceder ao ex-primeiro-ministro da Espanha Mariano Rajoy na liderança do Partido Popular (PP, direita), Pablo Casado, de 37 anos, apresentado como renovador da legenda, foi flagrado em um escândalo de fraudes em diplomas universitários.

A Justiça de Madri investiga o caso de corrupção por obtenção de diploma falso em Direito das Regiões, supostamente obtido pelo líder político em 2009 na Universidade Rey Juan Carlos. O político reconhece que não assistiu às aulas, mas nega corrupção.

O escândalo político é mais um a abalar a credibilidade do PP - e dos políticos em geral - na Espanha, mas não é único na Europa. Há três meses, o atual primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, foi flagrado atribuindo-se em seu CV passagens por universidades estrangeiras de referência nas quais jamais estudou.

Para a legenda conservadora espanhola, as suspeitas sobre Casado caem mal porque o partido tentava superar a série de escândalos de corrupção que levaram à queda de Rajoy, que perdeu em 1º de junho o posto de primeiro-ministro após um voto de desconfiança do Parlamento.

Em posição de destaque depois que venceu as prévias do partido para tornar-se novo líder da oposição conservadora, em 21 de julho, Casado afastou a possibilidade de se demitir.

Ele alega ter documentos da universidade que a própria instituição não teria guardado por se tratar de uma formação realizada há mais de sete anos, prazo no qual o arquivamento não seria mais obrigatório.

"O que foi feito a mim não foi feito a mais ninguém nesse país", argumentou Casado, dizendo-se perseguido pelo escândalo.

Mas, segundo a juíza de instrução do caso Carmen Rodríguez-Medel, há "indícios de crime" de prevaricação administrativa que justificam o julgamento do caso pelo Tribunal Supremo de Madri, o que traz de volta ao PP a sombra de uma nova condenação por corrupção.

No entender da magistrada, Casado foi beneficiado por "um presente acadêmico" em razão de sua "relevância política e institucional".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.