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ARSP se pronuncia sobre dispositivo de segurança na Terceira Ponte

A proposta de instalação de uma barreira de proteção tem o objetivo de evitar o alto índice de suicídios no local. O custo estimado é de R$ 13 milhões.

A Agência de Regulação dos Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP) se pronunciará, nesta terça-feira (11), sobre o dispositivo de segurança na Terceira Ponte. A coletiva começará às 9h30, na sede da ARSP, em Vitória.

Em julho de 2018, a Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa fez uma visita à Terceira Ponte para avaliar sobre a barreira de proteção.

Sobre o equipamento

A barreira de proteção tem custo estimado em R$ 13 milhões e, segundo especialistas, é considerada fundamental para reduzir o índice de suicídios e tentativas praticados no local, que se transformou em um “hot spot”, denominação dada a um local público e acessível com registro de frequentes ocorrências.

Os estudos iniciais feitos sobre a instalação de uma barreira foram de um equipamento em vidro, mas a ideia foi descartada por causa das dificuldades de manutenção e do desconforto climático. A solução considerada mais viável é a instalação de uma proteção com cabos de aço sustentados por hastes verticais inclinadas.

Outubro de 2017

Em outubro do ano passado, a Agência de Regulação dos Serviços Públicos (ARSP) divulgou a segunda etapa do projeto conceitual durante uma coletiva de imprensa.

“A Agência Reguladora assumiu um compromisso com sociedade capixaba de comunicar cada um dos passos e as etapas que se referem a solução de uma tecnologia de proteção de segurança na Terceira Ponte”, explicou na ocasião o diretor geral da ARSP, Julio Castiglioni.

Castiglioni disse na época, que a ARSP optou por evoluir no projeto de outra tecnologia: a de cabos de aço sustentados por estruturas verticais inclinadas. “Essa proposta foi adotada em outras pontes, como a Millennium Bridge em Londres, possui como vantagem um menor custo de fabricação e manutenção, permite facilidade de acesso para manutenção da estrutura da Terceira Ponte, menor área de atrito causada pela incidência de ventos e mantém o cone de visibilidade para a população”.

>> Primeira etapa

De acordo com a diretora de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária, Kátia Muniz Côco, na primeira etapa foram apresentadas quatro alternativas para barreira na Ponte e, naquele momento, optou-se por evoluir na proposta de instalação de placas de vidro. A concessionária Rodosol apresentou à ARSP, no dia 10 de outubro de 2017, algumas indicações que inviabilizam a utilização da tecnologia.

“Um aspecto apontado foram as ações de vandalismo que poderiam causar desprendimento de parte das placas de vidro e risco de queda nas pessoas e veículos lindeiros à ponte. Esse aspecto, associado à área de atrito formado pelas placas de vidros e incidência dos ventos, ocasionou a necessidade de instalação de lâminas duplas de vidro com película anti-impacto. Questões de reforço na ancoragem e tricas também foram considerados”, explicou a diretora durante a coletiva realizada no dia 11 de outubro de 2017.

A diretora informou que outros materiais também foram estudados, como o policarbonato e o acrílico. “Estes materiais, mesmo apresentando resistência às ações de vandalismo, mostraram-se pouco resistentes à abrasão gerada pelas intempéries, como ventos fortes, sol chuva, materiais particulados e aerossóis marinhos e baixa vida útil. Assim, a necessidade de limpeza constante da superfície das placas pela incrustação poderia perder a característica translucida desejada para preservar o cone de visão do Convento da Penha”, disse.

A cada 45 minutos, uma pessoa comete suicídio no Brasil

No Brasil, há um suicídio a cada 45 minutos. No mundo, há uma tentativa a cada três segundos e um suicídio a cada 40 segundos. No total, chega-se a 1 milhão de suicídios no planeta. Provocar o fim da própria vida está entre as principais causas de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

Em um esforço para mudar esses números, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu que a data de 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Há quatro anos a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), promove a campanha nacional Setembro Amarelo.

O presidente eleito da Associação Psiquiátrica da América Latina (Apal) e superintendente técnico da ABP, Antônio Geraldo da Silva, destacou a importância da campanha para prevenção e conscientização. “Esses números são altíssimos, mas nós sabemos que são falhos. Mesmo assim, são assustadores.”

CVV

O Centro de Valorização da Vida realiza (CVV) visa o apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias. Clique aqui!

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