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Consulta pública para instalação de barreiras de proteção na Terceira Ponte é aberta

O envio de sugestões pode ser feito durante 15 dias

Foto: Divulgação/ARSP

A partir desta segunda-feira (17), moradores de todo o Estado podem sugerir melhorias no projeto de instalação de barras de aço na Terceira Ponte, no Espírito Santo. O envio de sugestões pode ser feito durante 15 dias, por meio do site da Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP).

Podem participar desta consulta pública pessoas físicas ou jurídicas interessadas no tema. Os interessados em participar poderão fazê-lo analisando a 'Nota Técnica e Projeto de Engenharia' disponibilizados no site www.arsp.es.gov.br (área Consultas e Audiências Públicas / Consultas Públicas / Consulta nº 2018/005 – Barreira de Proteção da Terceira Ponte).

- Conheça o projeto da barreira de proteção da Terceira Ponte

O anúncio da instalação das barreiras de proteção na Terceira Ponte foi feito na última terça-feira (11), após a ponte ficar totalmente interditada por mais de oito horas, para um trabalho de resgate por parte do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. A estimativa é que a obra, que vai ser paga pelo governo do estado, custe R$ 15 milhões e fique pronta até o final do primeiro semestre de 2019.

Como participar

As contribuições sobre o Projeto de Engenharia devem ser feitas por escrito, via intercâmbio documental e enviadas até as 23 horas do dia 02 de outubro de 2018 por meio do e-mail [email protected] ou protocoladas na ARSP, localizada na Avenida Nossa Senhora dos Navegantes, nº 955, 401, Enseada do Suá, CEP 29050-335, Vitória - ES, em horário comercial.

Barreira de proteção

Após diversos estudos, a Agência de Regulação de Serviços Públicos (ARSP) e a Rodosol, empresa que administra o trecho da Terceira Ponte, definiram o modelo de barreira de proteção que deve ser instalado no local com o propósito de evitar que pessoas atentem contra a própria vida.

De acordo com o diretor Geral da ARSP, Júlio Castiglione, serão instalados cabos rígidos verticais com altura de dois metros e espaçamento de 10 centímetros. O investimento deve girar em torno de R$ 15 milhões. "Serão mais de 6 quilômetros de estrutura instalada, com material inoxidável, além de mão de obra noturna, necessariamente. Tudo isso envolve o preço mais caro", disse.

No modelo apresentado, foram inseridas lanças pontiagudas na estrutura horizontal superior. Testes realizados pelo Corpo de Bombeiros indicaram que a tecnologia apresentada não é de fácil transposição. Os estudos que resultaram no desenvolvimento desse modelo de proteção foram realizados com a Rodosol. A estrutura deve ser instalada sobre o guarda-rodas já existente no local.

A decisão pelo modelo da estrutura foi resultado de um estudo que analisou quatro tecnologias possíveis para a instalação. A primeira delas tratava-se de placas de vidro, mas alguns fatores inviabilizaram o projeto. "Essa barreira de vidro deveria ser dupla, com duas placas de 8 milímetros cada, e película protetiva. Além disso tem o pó preto e a maresia", destaca Castiglioni.

A área de atrito pelo túnel de vento, baixa resistência às ações do tempo e possível vandalismo também foram levados em consideração na análise do projeto.

Posteriormente, os órgãos estudaram a possibilidade de instalarem cabos de aço sustentados por barreiras verticais inclinadas. Essa tecnologia apresenta menor custo de fabricação, fácil acesso para manutenção da estrutura da Ponte, menor área de atrito pelo vento e menor prazo de instalação. Este modelo também permitiria manter, dentro das possibilidades, a visibilidade do Convento da Penha.

Foi desenvolvido um protótipo da estrutura vertical inclinada com cabos de aço para, de fato, comprovar se haveria resistência à transposição de pessoas. Com o teste, foi constatado que a inclinação necessária acabaria ‘invadindo’ a área de circulação de veículos na Terceira Ponte. No modelo, também seria possível usar os cabos horizontais como uma escada.

O valor previsto foi com base em um projeto apresentado Rodosol. O número ainda não foi auditado pela agência reguladora e nem pelo DER-ES. A previsão é que o valor calculado pelo Governo seja divulgado no Diário Oficial na próxima semana, juntamente com a abertura da consulta pública.

Os valores do serviço de instalação devem ser custeados pelo Governo do Estado. Segundo Castiglioni, a colocação da estrutura não está prevista no contrato de concessão celebrado com a Rodosol. "Não há possibilidade jurídica de o Estado impor que a Rodosol faça o pagamento do custo", afirmou.





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