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Dono de prédio onde criança morreu em incêndio será notificado por irregularidades

Segundo a Defesa Civil de Vitória, a partir da notificação o proprietário terá um prazo de cinco dias para iniciar os reparos necessários no imóvel

Prédio está interditado desde terça-feira e ainda não há prazo para que seja liberado | Foto: TV Vitória

O dono do edifício Colombo, prédio onde aconteceu o incêndio que resultou na morte do pequeno Yuri dos Santos Gonçalves, de 4 anos, será notificado pela Prefeitura de Vitória por causa das irregularidades identificadas no imóvel. O edifício, localizado no Bairro República, na capital, continua interditado e ainda não há prazo para que as 21 quitinetes e os dois imóveis que ficam na cobertura sejam liberados.

Até o momento, a Defesa Civil de Vitória realizou duas vistorias no prédio. A previsão era que o relatório de análise de risco do local fosse finalizado nesta quinta-feira (20). A partir de então o proprietário recebe a notificado para fazer os reparos necessários no imóvel.

"A gente dá ausência de segurança, nós interditamos toda a edificação, o proprietário vai ser notificado agora pela Secretaria de Desenvolvimento da cidade e ele vai ter um prazo para regularizar esse imóvel como um todo. Inicialmente a prefeitura deve dar um prazo de cinco dias para ele poder iniciar as adequações, onde ele vai ter que cumprir uma série de requisitos e orientações que constam no relatório da Defesa Civil", explicou o coordenador da Defesa Civil de Vitória, Jonathan Jantorno.

Segundo Jantorno, o prédio está irregular junto à prefeitura da capital. "Toda edificação precisa ter um projeto aprovado na prefeitura. Então como, até o momento, não foi apresentado nenhum projeto perante a prefeitura, trata-se de uma edificação irregular", frisou.

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O imóvel está interditado desde a última terça-feira (18), quando um incêndio atingiu o apartamento 302. Yuri estava no local com a mãe e o irmão mais novo, de 2 anos, quando as chamas começaram. Segundo a mãe das crianças, Yuri se trancou no banheiro ao perceber o incêndio. O menino foi encontrado, já sem vida, pelo Corpo de Bombeiros.

Irregularidade

O edifício Colombo já havia sido notificado,  em 2006, pela Secretaria de Desenvolvimento de Vitória, por irregularidade na obra. De acordo com a prefeitura, mesmo com a notificação, a construção do imóvel continuou. 

"Em março de 2007, a Procuradoria Geral do Município (PGM) foi à Justiça pedir o embargo da obra e multa diária de R$ 1 mil caso o proprietário não interrompesse a obra. A Justiça não concedeu a liminar nem a obrigatoriedade de pagamento da multa e, diante disso, o morador seguiu com a obra", disse a administração municipal, por meio de nota.