Dos 74 museus capixabas, apenas 16 participam de evento nacional

A campanha Primavera de Museus chegou à 12ª edição com o tema "Celebrando a educação em museus". O objetivo é fortalecer, dar maior visibilidade e democratizar o público das instituições museológicas.

De acordo com MuseusBr/Ibram, ao todo no Espírito Santo são 74 museus espalhados pelos municípios capixabas. No entanto, apenas 16 deles participaram da campanha, que consiste no fortalecimento da visibilidade e valorização das memórias dos museus brasileiros.

Para Ana Lourdes Costa, coordenadora de Promoção e Gestão da Imagem Institucional do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), o propósito é aumentar os laços afetivos e o sentimento de pertencimento da sociedade por essas instituições, bem como o reconhecimento das identidades e o respeito à diversidade.

A coordenadora explicou que existem indicadores sobre museus que aderem à campanha. "Tem uma média e algumas edições flutuam para um número maior ou menor, mas sempre em torno da mesma média", relata.

A Primavera dos Museus acontece desde 2007 e é resultado da iniciativa entre museus de todo o país e do Ibram. Durante a programação, são realizadas atividades culturais, de história, ações educativas, roda de conversa, exposições, visitas mediadas e oficinas.

Os 16 museus que participaram do evento foram: Arquivo Público Municipal de Cultura, Biblioteca Pública Municipal Major Walter dos Santos Paiva, Casa de Cultura Roberto Carlos, Casa Dos Braga, Museu Ferroviário de Cachoeiro de Itapemirim Domingos Lage e a Sala de Exposições Levino Fanzeres, em Cachoeiro de Itapemirim; Centro Ecológico de Regência e Museu Histórico de Regência, em Linhares; Museu da Imigração Pomerana, em Santa Maria de Jetibá; Museu Garoto e Museu Vale, em Vila Velha; Casa Porto das Artes Plásticas, Museu Aberto das Tartarugas Marinhas, Museu Capixaba Do Negro “Verônica Da Pas” - Mucane, Museu Solar Monjardim e Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo, em Vitória.

O Museu Solar Monjardim, em Vitória, participou da campanha e o diretor da instituição, Evaldo Pereira Portela, contou que sempre se compromete com a campanha. "Nós estamos trabalhando para tornar o museu visível para ele servir a população, com educação, cultura e história. O museu é público e se tornou o quintal dos capixabas. Eles fazem piquenique e brincam aqui", relata.

A educadora do Museu, Andreia Albert, destacou que, durante os eventos, aconteciam visitas mediadas sobre o comportamento no século XIX com alunos da rede estadual de Vila Velha, do Ifes e estudantes do mestrado da Ufes. Para Andreia, foi uma semana muito boa e divertida. "Com certeza conseguimos acalçar nosso objetivo e aumentar nosso público", ressalta.

Celebrando a educação

Na 12ª edição da campanha, a divulgação foi baseada no incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro, com os materiais digitais acompanhados com uma tarja preta para simbolizar o luto do Museu. Para a instituição, a ação leva a refletir sobre as circunstâncias presentes, sobre o que há para celebrar e como orientar os trabalhos daqui em diante.

Apontado pela Política Nacional de Educação Museal (PNEM), a educação é imprescindível para assegurar a existência dos museus. Para o IBRAM esse é um dos indicadores que permitem avaliar as perdas do incêndio no Museu Nacional: o potencial educativo e instrutivo das coleções e das pesquisas ali desenvolvidas. Uma herança imaterial, juntamente com o valor histórico do patrimônio contribuíram para fazer do Museu Nacional uma referência para a construção da identidade nacional.