Múmia de faraó ganha passaporte egípcio para viajar de avião
O caso curioso ocorreu em 1974, quando Ramsés II precisou ser restaurado na França. Leis do país proíbem transporte de corpo sem documento
Filipe Siqueira, do R7
Quase três milênios após a sua morte, o faraó Ramsés II recebeu um passaporte para poder fazer uma viagem internacional. A história curiosa aconteceu em 1974, quando a múmia do antigo monarca precisava de reparos e precisou de transporte.
A necessidade de passaporte partiu do governo francês, que tem regras rígidas para transporte de corpos. Na época, arqueologistas verificaram uma rápida deterioração no corpo dele, e daí surgiu daí a necessidade de transportá-lo para Paris.
Pelas regras da França, todos que entram no país devem ter passaporte, vivos ou mortos. No documento emitido pelo Egito está a foto da múmia, bem como a ocupação de Ramsés II: rei (falecido). Quando chegou à França, o monarca foi recebido como um chefe de Estado, com honras militares no aeroporto. Na época, também fizeram exames para reconstituição da saúde dele.
Segundo pesquisas, ele era ruivo, com cabelos ondulados e pele clara. Pelos exames também identificaram possíveis problemas de artrite e feridas de batalha. É possível que ele tenha morrido de infecção dentária, devido a um buraco em sua mandíbula.
Ramsés II é descrito como o faraó mais poderoso do Egito e reinou por 66 anos. Desde 10 anos ele era general do seu pai, Ramsés I. Acredita-se que ele viveu 90 anos e reinou num dos períodos mais prósperos do Egito.