Polícia

Tio diz que matou gato de sobrinha a pauladas para separar briga em Vitória

Na versão do suspeito, o animal estava brigando com o gato dele. A médica veterinária, dona do bichinho, disse que escutou os miados da própria casa

O gato estava há três anos com a veterinária Foto: Reprodução

Um homem foi acusado de matar o gato da sobrinha, no bairro Goiabeiras, em Vitória. De acordo com a médica veterinária que é dona do animal há três anos, da casa dela foi possível escutar os miados. Ele foi encontrado ensanguentado e sem vida na manhã do último domingo (25).

“O miado foi tão alto que eu estava dormindo na minha casa, que fica no primeiro andar, e eu consegui ouvir e fui correndo para ver. A casa dele fica no terceiro andar. Era um grito agonizante, de morte”, contou a veterinária.

Como a médica encontrou o gato morto nas mãos do tio, ela suspeita que ele tenha praticado o crime. O aposentado confessou toda história. “Enquanto eu estava na cozinha tirando o lixo, eu vi dois animais se estranhando. O meu gato e outro gato. Quando eu saí para ir até a varanda, onde os dois estavam, eles começaram a brigar e gritar. Eu peguei um pedaço de pau para separar e não deixar que ele machucasse o meu gato, e dei uma paulada nele mesmo. Mas eu não sabia que era o gato da minha sobrinha”, disse. 

Ao perceber que o animal tinha sido morto, a médica entrou em desespero e acionou a polícia, com a intenção de pedir socorro. Foi nesse momento que começou outro problema. “A primeira coisa que a gente pensa é denunciar, gritar, chamar a polícia. A gente chama, pede ajuda e não acontece nada. Além disso, um cabo da PM entrou em contato comigo e ainda debochou da minha cara, porque era a morte de um gato e ele não poderia fazer nada. Isso é um crime horroroso”, afirmou.

Depois de duas horas de espera, a veterinária finalmente conseguiu registrar um Boletim de Ocorrência na Delegacia Regional de Vitória. No local, a polícia teria alertado sobre a Lei 9605 de Crimes Ambientais, que tem como pena de detenção de três meses a um ano, e multa. O aposentado disse estar arrependido.

“Eu não tinha essa intenção de pegar por vontade própria e matar o gato dela. Eu quis separar a briga. Só que uma briga de gato não é fácil de separar. Eu não queria matar o gato da minha sobrinha. Como eu posso querer ter um gato e matar outro?”, alegou.

A veterinária, dona do gato, informou que vai manter a denúncia contra o tio e vai procurar o Ministério Público. O caso já foi registrado na delegacia e será investigado pela Polícia Civil. A denúncia contra maus-tratos a animais pode ser feita em qualquer delegacia.

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