Polícia

"Espero que esse homem pegue a pena máxima", diz mãe de jovem morto com mais de 60 facadas

O suspeito de cometer o crime é um garçom por ciúmes da ex-mulher

A mãe do jovem cobra justiça pela morte do filho / Foto: Reprodução TV Vitória

Acontece nesta segunda-feira (27) a primeira audiência de instrução do caso do jovem esfaqueado no bairro Bela Vista, em Vitória. O momento é aguardado com ansiedade pela família de Richard Alves de Sousa Rocha. A audiência está marcada para às 15 horas no Fórum Criminal, no Centro da Capital.

Richard foi assassinado no dia 24 de fevereiro deste ano. O crime aconteceu dentro da casa de uma mulher. O jovem foi atingido por mais de 60 facadas. Segundo a polícia, o suspeito é o garçom Diego Nascimento, de 34 anos, ex-marido de uma mulher com quem a vítima teria se envolvido.

Segundo a mãe do jovem, Simone Alves de Souza, aquela era a primeira vez que o filho teria ido na casa da mulher. O crime chocou os moradores de bela vista. a casa onde o crime aconteceu foi destruída. A mulher, que teria sido pivô do assassinato, nunca mais voltou ao local.

“Ela só ligou para mim pedindo perdão, falando que meu filho tinha chegado na casa dela pedindo um copo de água. Ele falou que não ia entrar e ela insistiu para ele entrar. Ela falou que estava enrolada em uma toalha e deixou a toalha cair. Meu filho já estava saindo quando ela começou a beijar as costas dele. Foi aí que esse homem chegou na casa”, relatou a mãe.

O jovem foi morto na casa de uma mulher / Foto: Reprodução TV Vitória

Em abril, Diego foi preso no bairro Eldorado, na Serra. Ele alega que cometeu o crime por legítima defesa, mas a versão não convenceu o delegado responsável pela investigação. 

“Esse homem matou o meu filho por ciúmes dela. Eu perguntei como iria ficar esse crime e o policial disse que é homicídio qualificado por motivo fútil, vingança. Eu não acreditava que uma pessoa poderia dar tantas facadas em um ser humano. Esse homem deu 64 facadas no meu filho e alega legítima defesa”, afirmou Simone.

Sobre o julgamento, a mãe disse que é um momento aguardado com ansiedade pela família da vítima. “O pai dele é testemunha do caso. A maioria dos vizinhos também são testemunhas e todos gostavam muito do meu filho. Eu espero que esse homem pegue a pena máxima. Não vai trazer o meu filho de volta, mas vai amenizar. Não vai tirar essa dor. Deus perdoa, o ser humano vai tentar esquecer, mas perdoar é impossível. É muito triste, pois não vejo mais meu filho chegar para pedir a benção. Dói a minha filha de quatro anos perguntando pelo irmão, dói a minha filha esperar ele chegar”, destacou.

A defesa do acusado disse que não vai comentar o caso, por enquanto. Diego está no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarapari.

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