Polícia acredita que criminosos que explodiram agência no ES são de fora do Estado
Segundo delegado, bandidos integram uma quadrilha bem organizada e com funções definidas e provavelmente contaram com o apoio de pessoas da região
A polícia acredita que os criminosos que explodiram uma agência bancária em Santa Maria de Jetibá, na região serrana, são de fora do Espírito Santo. O crime aconteceu na madrugada de terça-feira (25), no distrito de Caramuru. A agência ficou completamente destruída.
De acordo com o delegado Romualdo Gianordoli, da Delegacia Especializada de Roubo a Banco, os criminosos provavelmente contaram com o apoio de pessoas da região.
"Quase sempre são quadrilhas formadas por indivíduos de outros estados, mas que recebem algum tipo de apoio logístico de indivíduos daqui do Espírito Santo, seja para o transporte, seja para conseguir carros para eles utilizarem - alguns dos carros são roubados, seja para o transporte de armas ou para conseguir casas para eles ficarem", ressaltou o delegado.
Gianordoli frisou ainda que os autores do crime integram uma quadrilha bem organizada e com funções definidas. "[Esses crimes] São sempre feitos por organizações criminosas com uma certa hierarquia: tem o líder, que planeja o local; tem o explosivista, também chamado de blaster; tem o guarda-costas, que é o segurança armado da quadrilha; tem o indivíduo que vai conseguir os carros; tem os indivíduos que vão depois fazer o transporte; tem quem vai alugar a casa que eles vão ficar. Tem várias funções diferentes dentro da mesma organização criminosa".
O arrombamento à cooperativa financeira foi registrado por câmeras de videomonitoramento. A polícia acredita que o primeiro homem que, nas imagens, aparece entrando na agência com uma espécie de mochila nas costas seja o criminoso que preparou os explosivos.
"Eles arrombaram a porta de vidro e colocaram explosivos em questão de minutos. Ainda pegaram uma grande quantia de dinheiro, que não foi contabilizada, e fugiram rapidamente, efetuando disparos para o alto", completou o delegado.
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Os investigadores da Polícia Civil mapearam a região de Santa Maria de Jetibá, na tentativa de identificar como o grupo chegou ao banco e por onde os criminosos fugiram. A polícia acredita que os suspeitos conheciam bem o caminho e possíveis rotas de fuga. De acordo com a Polícia Civil, os trabalhos continuam e nenhuma linha de investigação é descartada.