Polícia

Homem confessa ter matado e ateado fogo em corpo de mineira que estava desaparecida após sair do ES

Alexandre da Rocha Salgueiro admitiu que estrangulou Marta Soares Fonseca até a morte e depois ateou fogo no corpo. Ela estava desaparecida desde o dia 17

Rodrigo Araújo

Redação Folha Vitória
Marta estava desaparecida desde o último dia 17, após sair do Espírito Santo e voltar para Belo Horizonte | Foto: Reprodução/Facebook

A polícia encontrou os restos mortais da empregada doméstica que havia desaparecido após sair do Espírito Santo e desembarcar na rodoviária de Belo Horizonte, no dia 17 de setembro. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Marta Soares Fonseca, de 42 anos, foi assassinada por Alexandre da Rocha Salgueiro, de 45 anos, na cidade de Contagem, na Grande Belo Horizonte.

Alexandre é o homem que aparece em imagens de videomonitoramento divulgadas pela polícia mineira conversando com Marta logo após ela descer do ônibus. As imagens mostram ainda que os dois saíram juntos da rodoviária de Belo Horizonte.

Na última terça-feira (09), Alexandre foi conduzido para a Delegacia de Desaparecidos, na capital mineira, e confessou ter assassinado Marta. Em depoimento, ele disse que estrangulou a vítima até a morte e, dias depois, a levou para outro local, onde ateou fogo no corpo dela.

De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, o suspeito disse inicialmente que havia apenas assaltado a mulher, mas depois admitiu tê-la assassinado. Ele disse que a abordou, oferecendo a ela um trabalho em um sítio.

Em seguida, o suspeito levou Marta até um local ermo em Contagem, onde ele havia dito que ficava o sítio. No entanto, ao perceber que não havia sítio algum, a vítima começou a gritar. O suspeito então teria a estrangulado até a morte.

Ainda segundo a PCMG, Alexandre colocou alguns pedaços de madeira por cima do corpo e o abandonou no local. Dias depois, o suspeito teria voltado ao lugar e levado o corpo de Marta para uma área localizada a cerca de 6 km do local do crime. Em seguida, ele ateou fogo no corpo.

Na tarde de quarta-feira (10), Alexandre levou os policiais até a região onde havia incendiado o corpo da vítima. Os restos mortais de Marta foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte, onde será submetido a exames para confirmação da identidade da vítima.

Prisão

Alexandre confessou ter assassinado Marta e ateado fogo no corpo dela | Foto: Reprodução

Alexandre foi autuado em flagrante por ocultação de cadáver. Ele está preso após a Justiça de Minas Gerais expedir um mandado de prisão temporária contra ele, em função do desaparecimento de Marta. A Polícia Civil mineira informou que já solicitou à Justiça a prisão preventiva do suspeito.

O homem foi detido por policiais militares na casa dele, em Betim, também na região metropolitana de Belo Horizonte. Ao perceber a presença dos militares, o suspeito tentou fugir pulando muros e telhados, mas foi pego pelos policiais em um matagal. Com ele, estavam duas mochilas roupas dinheiro e um celular. Segundo a polícia, Alexandre já teria cumprido pena por ter estuprado a enteada.

Desaparecimento

Na última segunda-feira (08), a Polícia Civil de Minas Gerais divulgou imagens de videomonitoramento da rodoviária de Belo Horizonte, onde Marta foi vista pela última vez. Nas imagens, ela aparece descendo do ônibus, por volta das 6h20 do dia 17 de setembro, e sendo abordada por um homem de mochila, que mais tarde a polícia identificou como sendo Alexandre.

A doméstica foi vista pela última vez ao desembarcar na rodoviária de BH | Foto: Reprodução

Cinco dias antes, Marta havia saído de Belo Horizonte e seguido para Vitória, para visitar o namorado, Gilvan Nicolau, com quem tinha um relacionamento há quase 5 anos. Ela deixou a capital capixaba na noite do dia 16 e, durante a viagem, trocou diversas mensagens com uma das filhas, Silvânia Fonseca.

No entanto, na manhã do outro dia, a menina mandou várias mensagens para a mãe, mas não teve respostas. O namorado de Marta chegou a mandar dinheiro para ajudar no deslocamento dos filhos dela durante as buscas.

"Toda hora que eu ligava, só dava desligado. Eu pensei: 'uai, cadê minha mãe? Será que ela desceu errado? Será que ela conseguiu chegar? Vou atrás para saber'. Mas ela realmente tinha desembarcado", disse Silvânia à Record TV.

Marta tinha três filhos e morava com as duas filhas mais novas, uma de 17 anos e a outra de 18, em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte.

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