Política

Tecnologia catarinense será usada para combater crime na fronteira com Argentina

Redação Folha Vitória

Florianópolis - O Ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, e a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, estiveram reunidos na manhã deste sábado, 25, com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e com autoridades da cúpula de segurança do Estado, em Florianópolis, para divulgar a aquisição de uma tecnologia de combate ao crime organizado, que ampliará as investigações na fronteira com a Argentina. Os equipamentos e softwares foram fornecidos pela empresa catarinense Dígitro Tecnologia Ltda e estão orçados em R$ 13 milhões. O convênio entre Santa Catarina e o Governo Federal para adquirir os materiais ocorre no âmbito do programa Estratégia Nacional de Fronteiras (Enafron), programa nacional que visa reduzir o tráfico e os homicídios no Brasil, através da atuação fronteiriça.

"Essa tecnologia dará sustentação à Deic (Delegacia Especial de Investigação Criminal), que interligada a outras 30 delegacias catarinenses, poderá aprofundar o trabalho da inteligência no combate à violência", disse o ministro. As principais motivações para o fechamento do convênio foram as três ondas de atentados que Santa Catarina sofreu desde novembro de 2012, quando a facção PGC (Primeiro Grupo da Capital), orquestrou incêndios a ônibus e tiroteios contra prédios públicos, bases da polícia e unidades prisionais.

Paralelamente, o ministro e o governador Raimundo Colombo fecharam outro acordo. Desde o dia dois de março, a Polícia Militar de Santa Catarina desenvolve um mobile para desburocratizar os serviços e otimizar o tempo .

O mobile tem dez ícones que permite ao policial o recebimento de ocorrências no tablet através do 190, assim como, registrar online os atendimentos ou acessar as câmeras de monitoramento da cidade. Com parcerias com autarquias estaduais e prefeituras, também é possível reportar problemas de ordem pública, como um vazamento de água ou o apagão de uma rua. O Governo Federal terá acesso ao mobile para integrá-lo ao Sistema Nacional de Informação de Segurança Pública, Prisional e sobre Drogas (Sinesp), em contrapartida equipará a PMSC com tablets e impressoras, o que custará R$ 6 milhões.