Alckmin: não pode um partido que nem é da aliança questionar a aliança do outro
O candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin, se defendeu do pedido feito pelo MDB, que pode tirar dele o apoio de alguns partidos de sua coligação. "Não pode um partido que nem é da aliança questionar a aliança do outro", argumentou, durante evento da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), nesta segunda-feira, 20, em São Paulo.
Algumas siglas aliadas do tucano teriam aprovado em suas convenções apenas a aliança com o PSDB, quando deveriam ter colocado na ata todas as nove siglas que apoiam Alckmin. O prazo para mudanças na ata das convenções se encerrou. Portanto, não há mais como fazer adendos. Se o TSE aceitar a exclusão dos partidos, Alckmin terá diminuído seu tempo na TV.
"Não tem o menor sentido isso. Eu estive na convenção de todos os partidos que nos apoiam. É claro que a data das convenções não são todas no mesmo dia. Quem fez a convenção primeiro não sabe quais partidos vão participar", argumentou.
Pesquisa
Alckmin defendeu-se do seu desempenho ainda tímido na pesquisa de intenção de voto MDA/CNT. "Já foi dito que pesquisa é como perfume, não é para tomar. É para observá-la. A campanha só vai começar oficialmente a partir do dia 31, que é quando começa a campanha eleitoral na TV", argumentou.
Segundo apurou o instituto MDA, em parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), o ex-presidente Lula alcançou 37,3% das intenções de voto. Mesmo condenado no âmbito da Operação Lava Jato e preso, o petista continua crescendo na preferência eleitoral e saltou de 32,4%, em maio, para 37,3% neste momento. Atrás do petista aparecem Jair Bolsonaro (PSL), com 18,8%, e Marina Silva (Rede), com 5,6%. O candidato do PSDB à Presidência está em 4º lugar no levantamento, com 4,9% das intenções. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitora (TSE) sob o número BR-09086/2018.
"A decisão de voto da próxima eleição nem começou ainda. O debate, as propostas...", afirmou, na saída do evento.