Política

Em debate, Sabesp fica no holofote dos candidatos ao governo de São Paulo

O candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo, Luiz Marinho (PT), prometeu suspender o pagamento de dividendos aos acionistas da Sabesp até que a companhia complete a expansão da rede de abastecimento de água e coleta de esgoto.

Segundo ele, a empresa que reúne capital público e privado não cumpre sua missão, pois permite que cerca de metade do esgoto coletado vá parar nos rios. "É um crime. No meu governo, vamos fazer da Sabesp uma empresa de interesse público", salientou. "Acionistas não receberão dividendos. A Sabesp tem lucro na bolsa sem cumprir a missão de sanear o Estado. Como pode ter lucro com o desperdício se os esgotos não estão tratados?", questionou.

De acordo com o estatuto da Sabesp, os donos de ações ordinárias têm direito ao dividendo mínimo obrigatório determinado por lei correspondente a 25% do lucro líquido de cada exercício.

Já a candidata do PSOL, Lisete Arelaro, foi além e falou em reestatizar a Sabesp. "Temos que lembrar que a água é um direito", argumentou. "Se formos discutir a Sabesp, temos que lembrar que a água é um direito."

O quarto bloco do debate ao governo do Estado de São Paulo recebeu perguntas de internautas e teve um tom mais propositivo entre os candidatos.

O candidato Paulo Skaf (MDB) falou sobre segurança pública. "É fundamental retomar os presídios. Governo tem que controlar os presídios. Se for eleito, a segurança vai mudar muito", enfatizou.

Já Márcio França (PSB) defendeu avanço nas políticas habitacionais. "Nos últimos anos, batemos recorde de 110 mil casas construídas. Ainda é pouco. Não faz sentido a cena que vemos no centro da capital", afirmou, referindo-se às ocupações de prédios abandonados por movimentos sem-teto.

O jornal O Estado de S. Paulo realiza na noite deste domingo um debate com os candidatos das eleições 2018 ao governo do Estado de São Paulo. O evento é realizado em parceria com a TV Gazeta, Rádio Jovem Pan e Twitter.