Política

Haddad prevê que ideias de Bolsonaro vão "virar pó na eleição"

Sem mencionar o nome de Bolsonaro, Haddad condenou as falas do militar e, principalmente, do vice dele, general Hamilton Mourão (PRTB)

Redação Folha Vitória

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, fez duras críticas ao concorrente à campanha do concorrente Jair Bolsonaro (PSL) em evento na noite desta segunda-feira, 24, com educadores e intelectuais.

Sem mencionar o nome de Bolsonaro, Haddad condenou as falas do militar e, principalmente, do vice dele, general Hamilton Mourão (PRTB), em especial às relacionadas ao papel da mulher na sociedade.

O petista crê, no entanto, que as ideias de Bolsonaro são passageiras. "Tudo isso vai virar pó na eleição", disse.

Haddad afirmou ainda que o País corre risco de ruptura institucional neste pleito. "As instituições estão em risco, estão em jogo nesta eleição", disse.

Ao comentar aos militantes os números de recentes pesquisas eleitorais, Haddad disse que a campanha petista está esbarrando no primeiro colocado. "Isso é fruto de uma mobilização social. Nós não começamos a fazer a campanha há 13 dias. Nós começamos com o fim do regime militar", afirmou.

Tal qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato do PT fez uso da analogia ao futebol para agradecer o apoio da militância. "Ninguém aqui tá a fim de pendurar a chuteira, nós vamos jogar bola pelo País inteiro", disse.

Brincando, o petista disse ainda que, se fosse adversário de Lula, não gostaria de vê-lo na cadeia. "É muito ruim (para os adversários) deixar um cara com aquela inteligência 24 horas por dia pensando", afirmou, arrancando gargalhadas da plateia.

No ato, Haddad foi ovacionado diversas vezes pela militância que alternava os gritos de "olê, olê, olá, Lula livre e Haddad lá" e "Eu tô com ele, eu tô com ela, eu tô com Lula, Haddad e Manuela".

Em sua fala, a candidata a vice da chapa, Manuela d'Ávila (PCdoB), ressaltou a importância da educação no plano de governo petista.

"O País teve uma veloz transformação social quando Lula assumiu a presidência e quando Haddad assumiu o Ministério da Educação", disse.