Vou rever ações injustas da reforma trabalhista, mas sem revogar, diz Marina
A candidata da Rede à presidência da República, Marina Silva, criticou alguns pontos da reforma trabalhista, mas disse que não vai revogar toda a lei, como pregam alguns dos seus concorrentes. Em sabatina realizada pelo jornal "O Globo, Marina explicou que vai flexibilizar para melhorar alguns pontos, como a cobrança da taxa sindical, e outras que tornem a reforma menos injusta.
"É preciso debater com especialistas como fazer para que os sindicatos não venham à falência, criar um mecanismo que não seja obrigatório", disse a candidata, sobre a suspensão da cobrança obrigatória da taxa sindical trazida pela nova lei, aprovada durante o governo de Michel Temer.
Em outros momentos a candidata já havia citado que faria alterações na reforma que dificultaram acesso à Justiça por pessoas de baixa renda e horários reduzidos na jornada de trabalho e almoço.
Marina afirmou que vai promover a reforma da Previdência como forma de conseguir recursos para reduzir o déficit fiscal. "Além da reforma da Previdência vamos resolver o déficit acabando com a farra do Refis e no combate sem trégua à corrupção que representa 6% do nosso PIB", explicou.
Lula
O Partido dos Trabalhadores blindou o seu candidato à Presidência da República "o quanto pôde", disse Marina Silva na manhã desta Terça. Nesta tarde, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, deverá ser anunciado como substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à vaga no Palácio do Planalto.
"O PT seguiu a estratégia de blindar seu candidato por causa da operação Lava Jato, e agora não tem mais como esticar essa corda", afirmou Marina durante a sabatina.
A ex-ministra descartou dar como certa uma vitória de Haddad, que teoricamente poderia receber os votos destinados a Lula e que garantiam a liderança nas pesquisas eleitorais, apesar do ex-presidente se encontrar preso e Curitiba devido a investigações da Lava Jato.
"A população está mais reflexiva. O Lula transferiu para Dilma seus votos em 2014 e o pleno emprego foi transformado em 13 milhões de desempregados", disse Marina. "Não tenho relação de ódio do Haddad, mas agora ele vai ter que vir para a disputa política e explicar para a população sobre a corrupção do governo PT", ressaltou.