TRE de Fortaleza pede tropas federais para 2.o turno
Fortaleza - O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o envio de tropas federais para reforçar a segurança no segundo turno em Fortaleza e mais cinco municípios da região metropolitana. O pedido foi formalizado, nesta quinta-feira (16/10), após reunião da Corte do TRE-CE.A presidente do órgão, desembargadora Iracema do Vale, encaminhou ofício nº 3884/2014 ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Dias Toffoli.
O pedido atende à solicitação do procurador regional eleitoral,Rômulo Conrado devido ao acirramento na disputa pelo Governo do Ceará. De acordo com o Ministério Público Eleitoral, a presença de tropas federais seria necessária na Região Metropolitana de Fortaleza e nos municípios de Caucaia, Maracanaú, Maranguape e Pacatuba.
Como justificativa para o pedido, o procurador cita o temor de que venha a ocorrer o cerceamento ao regular exercício das atividades policiais afetas à Polícia Militar. "Bem como novamente seja posta em prática a esdrúxula medida de fixar as viaturas em pontos base e somente permitir que ingressem em circulação a partir do que for determinado pelos órgãos de segurança pública", justificou.
Rômulo Conrado também citou a disputa entre o grupo político dos irmãos Ciro e Cid Gomes, padrinhos do candidato Camilo Santana (PT) e o grupo do Capitão Wagner (PR), eleito deputado estadual mais bem votado no Ceará, aliado de do candidato Eunício Oliveira (PMDB), que disputa o segundo turno contra o petista.
Antes de a Corte se reunir, a presidente do TRE-CE, desembargadora Iracema do Vale, enviouofício ao governador Cid Gomes para que ele se manifestasse sobre a necessidade do reforço de tropas federais. Ontem (quarta), Cid anunciou que favorável ao reforço na segurança do pleito, embora não concordasse com parte da justificativa apresentada pelo Ministério Público.
No primeiro turno, Cid se queixou da ação de policiais militares contra militantes da coligação de Camilo Santana. O governador acusou o deputado eleito Capitão Wagner de comandar uma milícia dentro da Polícia Militar do Ceará.
Licenciado do cargo de governador para se dedicar à campanha de Camilo, Cid chegou a ficar na porta de uma delegacia em Sobral, no dia da votação, para liberar um vereador de sua base aliada, que havia sido preso por suspeita de boca de urna.