Política

França: Sei que devo muito à oportunidade que ele (Alckmin) me deu

O governador do Estado e candidato à reeleição, Márcio França (PSB), visitou o ex-governador Geraldo Alckmin na noite deste domingo, após o resultado eleitoral que o deixou de fora do segundo turno da eleição Nacional.

França, que vai enfrentar no segundo turno o ex-prefeito João Doria (PSDB), aproveitou para cutucar o adversário. "Vim cumprimentar Alckmin. Lealdade é algo que eu prezo muito na vida. Sei que devo muito à oportunidade que ele me deu."

Os comentários foram feitos enquanto Doria, no local alugado por sua campanha para acompanhar o resultado da eleição, declarava apoio a Jair Bolsonaro (PSL).

"Aqui nós não precisamos mais avaliar ou ficar passeando na muralha da China. À partir de amanhã, vamos apoiar Jair Bolsonaro para a à Presidência da República", disse Doria.

O governador não quis comentar sobre o apoio de seu partido no segundo turno, mas deu indicações do caminho que ele deve tomar. "Meu partido vai se reunir ainda, mas claro que as coisas têm uma certa obviedade.", comentou. "Pernambuco é um decisão importante", acrescentou depois, sobre o resultado no Estado.

Já sobre a eleição estadual, França comentou que já iniciou conversas e que seria uma "honra" receber o apoio de Paulo Skaf (MDB), com quem disputou até os últimos momentos a segunda vaga no segundo turno. Ele disse que também espera receber o apoio da ala tucana que tiver "origem Covas", em referência ao ex-governador Mário Covas, um dos fundadores do partido e de quem Alckmin foi vice.

França também se mostrou confiante de que vai receber os votos do governador. "Tenho certeza que recebi os votos dele e da dona Lu no primeiro turno e que vou receber de novo."

Sobre o resultado eleitoral de Alckmin, o governador disse apenas que a eleição "começou e terminou com aquela facada", se referindo ao incidente em Juiz de Fora (MG), que deixou o deputado fora da campanha até agora. "É como o acidente do Eduardo Campos (em 2014), só que ele saindo vivo", resumiu. "Claro que hoje Bolsonaro representa um movimento de renovação da política nacional", ponderou.