Política

Gleisi fala em negociar alianças e admite abrir mão de nova constituinte

"Nós vamos fazer um chamamento a todos os democratas da sociedade brasileira. O que está em risco é o futuro da democracia no País", disse a dirigente

Redação Folha Vitória

Com Fernando Haddad (PT) no segundo turno da eleição presidencial, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmou nesta segunda-feira, 8, que o partido está disposto a conversar com mais legendas, "sem restrições", buscando aquelas que queiram aderir à campanha de Haddad na segunda etapa da disputa.

O PT está disposto, inclusive, a abrir mão da proposta de criar condições para convocação de uma nova constituinte no País. "Vamos sentar com os partidos e, possivelmente, a gente tenha que fazer uma revisão, porque há uma solicitação para que isso não conste", declarou Gleisi.

"Nós vamos fazer um chamamento a todos os democratas da sociedade brasileira. O que está em risco é o futuro da democracia no País", disse a dirigente. "Não temos restrição, se as pessoas tiverem noção do que está em jogo no Brasil e defenderem a democracia, têm que estar nessa caminhada."

As alianças, disse Gleisi, não comportarão mudanças substancias nas propostas do PT, mas abrirão espaço para ajustes.

Para ampliar as conversas e articulações no segundo turno, o senador eleito pela Bahia Jaques Wagner (PT) foi integrado à coordenação de campanha, que também terá outros parlamentares e governadores eleitos pelo partido e legendas aliadas. Nesta terça-feira, 9, o PT fará em São Paulo uma reunião ampliada com os novos governadores e bancadas.

A presidente da legenda reforçou que a campanha "quer muito" o apoio de Ciro Gomes (PDT) a Fernando Haddad no segundo turno e que o próprio candidato petista está conversando com ele.

Após a cobrança de integrantes da campanha para que Haddad tenha uma postura mais central e menos colada ao ex-presidente Lula, a presidente do partido admitiu que o candidato poderá reduzir as visitas que faz ao padrinho político na prisão, em Curitiba. "Se for possível, ele vai. Se não for possível, nós vamos fazer campanha."