Saúde

Combate ao câncer: Alimentação é a protagonista!

80% do casos cancerígenos no mundo estão relacionados ao sedentarismo e maus hábitos alimentares

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Além da alimentação pouco saudável, o sobrepeso e da falta de exercícios físicos tem sido as principais causas da doença.

Praticidade na hora de comer. Isso é o que as pessoas buscam hoje em dia devido a falta de tempo nas rotinas corridas. Está cada vez mais comum ver pessoas trocarem as refeições como o almoço por Fast food, ou comer aquele salgado e suco pronto da padaria. Esse comportamento, no entanto, é prejudicial para a saúde e aumenta as chances de desenvolver doenças como o câncer.

Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), a maioria dos casos de câncer no mundo estão relacionados a questões como hábitos alimentares poucos saudáveis, além do sobrepeso e da falta de rotina de exercícios físicos. 

A nutricionista do Centro Capixaba de Oncologia, Olívia Podestá defende que preparar o próprio alimento é essencial para prevenir o câncer e outras doenças. “Desembalar menos e descascar mais os alimentos é a principal dica para quem está em busca de uma vida saudável”, orienta Olívia. 

Segundo a profissional, um dos principais vilões relacionados ao surgimento de doenças crônicas na população, como o câncer, são os alimentos industrializados, entre eles os embutidos, congelados, enlatados, embalados com prazo de validade extenso, dentre outros. “Para aumentar o tempo de exposição na prateleira do supermercado, a indústria utiliza muitos aditivos e conservantes que, consumidos ao longo da vida, podem ser prejudiciais”, alerta a nutricionista.

Como é praticamente impossível não comer nada industrializado, a recomendação é aprender a ler o rótulo dos alimentos e evitar aqueles que possuem nomes desconhecidos como nitrito, nitrato, sordato, glutamato, polifosfato, monoesterato de sorbitana, dentre outros, muitas vezes identificados apenas por siglas. Ela lembra que não é necessário cortar certos alimentos mas, sim, evitar excessos, buscar alternativas e ter bom senso, já que tudo que é consumido em grande quantidade pode trazer danos à saúde.

Um exemplo de alimento rico em substâncias químicas conservantes são os embutidos, como presuntos, salsichas e linguiças industrializadas. No caso das linguiças, por exemplo, uma opção menos danosa à saúde são as artesanais ou “da roça”, que não utilizam aditivos, mas são conservadas de forma natural, com gordura de porco, sal e pimenta por exemplo. “Não é a carne que causa o câncer, mas os processados da carne”, informa.

Na hora de escolher frutas, legumes e verduras, a nutricionista recomenda os produtos orgânicos, que não utilizam agrotóxico e combatem pragas de forma natural. Eles podem ser encontrados em diversas feiras livres, onde costumam ser mais baratos que no supermercado.

Outro vilão da saúde são os alimentos ricos em açúcar, que aumentam os riscos de obesidade e as doenças crônicas. Entre eles estão os refrigerantes, biscoitos, sucos de caixinha e de pozinho e sorvetes. A nutricionista recomenda educar o paladar para um consumo cada vez menor de açúcar e criar o hábito de eliminá-lo de bebidas como, por exemplo, cafés e sucos.

Para uma vida mais saudável, Olivia recomenda privilegiar os alimentos frescos in natura, comer um mínimo de cinco porções de frutas e legumes por dia, peixes e grãos como chia, linhaça e aveia, que dão saciedade e produzem substâncias anticancerígenas no intestino.

“Produzir o próprio alimento, o mais natural possível, ter um prato mais colorido e evitar os industrializados contribui para reduzir os riscos de desenvolvimento de tumores que afetam intestino, esôfago, estômago, mamas endométrio, próstata e pâncreas”, destacou.