Saúde

Alerta aos pais: Saiba quando a rebeldia é uma alteração psíquica

Estabelecer regras é importante para que a criança e o adolescente entenda que existe um limite para determinados comportamentos

Discussões podem ocasionar o afastamento da criança e desencadear a desestruturação familiar. 

Malcriações e pirraças nem sempre são sinônimo de uma má educação. Muitas vezes, as crianças e adolescentes sofrem com transtornos psíquicos e os sinais precisam ser interpretados pelos pais para diagnóstico e tratamento. Rebeldia é comum na fase do crescimento do individuo e não quer dizer que a pessoa possui alguma problema mental, mas percebe-se um aumento de alguns diagnósticos ligados a comportamentos infantis disfuncionais, tais como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH ) e transtorno opositor desafiador (TOD).

Sinais de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade 

Esquecimento de objetos e compromissos; agitação intensa, sem conseguir ficar parado para assistir aulas, TV e comer. Falar excessivamente, inclusive interrompendo as outras pessoas; impaciência para esperar; perda fácil da concentração; distração por qualquer motivo; desorganização; explosões emocionais, especialmente quando não é possível fazer o que se quer.

Transtorno opositor desafiador 

Comportamentos que demonstrem raiva; comportamento agressivo; desobediência em geral; hostilidade com o outro; intolerância a frustrações e desrespeito a solicitações.

A psicóloga, Mariana Spelta explica que a primeira e grande pergunta destinada aos pais é: como estão sendo realizados os estabelecimentos de limites? A especialista explica que é importante deixar claro para a criança que os pais são responsáveis por ela e que nem sempre será possível ofertar o que ela deseja, mas alguns “sacrifícios” e regras são fundamentais para a estruturação de ganhos concretos e permanentes. "Já na fase infantil, é importante que a criança compreenda que nem sempre ela poderá fazer o que deseja e, além disso, buscar ressaltar que seus atos possuem consequências", explicou.

Mariana comenta que ao falarmos puramente da rebeldia, os próprios pais podem revisar a rotina da criança e propor novas adequações. Já nos casos de diagnósticos, cabe o profissional indicar o melhor tratamento de acordo com o grau da doença psíquica da criança ou adolescente. 

A maneira de tratar o transtorno associado à morbidades ou não é com medicamentos devidamente prescritos pelos profissionais. Entretanto, o tratamento é interdisciplinar, contando com a ajuda de outros especialistas na área pedagógica, psicopedagógica e de saúde mental.

Segundo a psicóloga vale reiterar que embora os pais devam mostrar autoridade, não é aconselhável medir forças com as crianças, como uma discussão. "Tais medidas podem gerar o afastamento da criança, podendo desencadear desestruturação familiar. A melhor saída é o auxílio profissional e ressaltar a preocupação, carinho e cuidados destinados a essa criança, para que a mesma consiga compreender que estabelecer limites pode ser uma maneira clara de expressão de amor", completou a especialista.

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