Condição física é alerta para escolha dos tipos de treinos
Modalidades de treino funcional e crossFit estão em alta, mas especialistas advertem sobre a escolha das práticas
Tanto o treino funcional quanto o crossFit são capazes de desenvolverem os músculos de todo o corpo e melhorarem o condicionamento físico. Contudo, existem diferenças entre as duas modalidades que devem ser levadas em consideração na hora de escolher entre uma ou outra. A intensidade do exercício, saber se o corpo está preparado para a prática e o tipo de corpo que está buscando construir são quesitos que devem ser analisados antes de iniciar a atividade.
Embora apresentem algumas semelhanças como trabalhar os músculos de forma integrada, melhorar resistência, flexibilidade e coordenação motora, às modalidades são diferentes e possuem objetivos distintos.
O treinamento funcional, por exemplo, é focado no movimento natural do corpo, como agachar, empurrar, puxar, entre outros, prezando pelo desenvolvimento da biomecânica corporal. O resultado é uma musculatura trabalhada e harmônica.
“São realizados muitos exercícios feitos com o peso do próprio corpo, garantindo um trabalho muscular mais intenso e trabalhando os músculos de forma integrada e não isolada, como os treinos de musculação costumam ser. Fazemos muitos saltos, giros, agachamentos e, para alguns deles, utilizamos aparelhos que auxiliam esses movimentos, com menos risco de lesões e aumento de performance”, explicou Fernando Padilha, que é educador físico, especialista em treinamento funcional e atual treinador físico dos atletas olímpicos Alison Cerutti, campeão mundial de vôlei de praia, e Emanuelle Lima, que representou o Brasil em 2016 na ginástica rítmica.
O treinamento funcional abrange tanto as pessoas que buscam estética, melhorar qualidade de vida, se livrar daquela dor que há tempos incomoda ou aprimorar o desempenho em alguma modalidade esportiva. “Normalmente os alunos têm o objetivo de melhorar as condições físicas do corpo, como coordenação, equilíbrio, potência, agilidade, força e resistência, trabalhando o corpo para ser resistente, equilibrado e mais atlético. Além disso, com treinos individuais, também podem ser montados programas de treino para hipertrofia”, ressaltou Padilha.
Já o crossfit é uma aula coletiva onde todos cumprem a mesma rotina de exercício. Costuma ser motivante e, quando bem orientado, pode trazer bons resultados. No entanto, não leva em conta as necessidades individuais e limitações de cada aluno, o que aliado à uma intensidade elevada, pode aumentar o risco de lesões. “É uma modalidade de alta intensidade, que combina exercícios do levantamento de peso olímpico com exercícios ginásticos, barras e argolas, também exercícios como corrida, bike, pular corda, com sobrecarga e velocidade de execução, com objetivos de números de repetição dentro do menor tempo. É considerado um esporte”, destacou o educador físico.