A importância da individualização nos programas de treinos

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Fernando Padilha

Todos nós apresentamos, em algum grau, algum tipo de disfunções e/ou assimetrias na forma em que nos movimentamos. Essas disfunções são resultados de nossos hábitos, atividades físicas que realizamos, fatores genéticos e até da função laboral (trabalho) que exercemos. Muitas vezes esses fatores não são levados em consideração na hora da elaboração de um programa de treinos. Analisa-los é de vital importância para atingir seus objetivos, minimizar o risco de lesões causadas pelo exercício e na reabilitação de lesões preexistentes.

O primeiro passo é saber avaliar cada caso. Uma avaliação de movimento realizada por um bom profissional é o ponto chave para uma prescrição de exercícios segura e eficiente. Por exemplo: uma pessoa que praticou tênis durante muito tempo de sua vida, terá disfunções diferentes de alguém que fez remo. Isso tem que ser levado em conta na hora de selecionar os exercícios que serão realizados por cada indivíduos, mesmo que atualmente os dois tenham o mesmo objetivo de treino. A pessoa que praticou tênis por muito tempo realizou movimentos de rotação interna de ombro e rotação de tronco, enquanto que a pessoa que praticou remo realizava movimentos de flexão e extensão de tronco e intenso trabalhos dos músculos das costas. Isso faz com que cada um desses dois indivíduos tenhan necessidades diferentes de exercícios, mesmo que possuam o mesmo objetivo.

Dessa mesma forma, a atividade de trabalho também deve ser levada em consideração na hora da montagem do programa de treino. Imaginem a postura de trabalho de um dentista. Ele(a) passa diversas horas por dia trabalhando sentado, com flexão e rotação de tronco, flexão e rotação de cervical, além de rotação interna de ombros. Não considerar essas diferenças é aumentar e muito o risco de lesões, não conseguir resolver problemas de dor e dificuldade de alcançar resultados.

Além disso, a forma de realizar determinado exercício muda totalmente a eficiência e o seu objetivo, a melhor forma de realizar esse movimento pode variar de pessoa para pessoa. Não existe exercício/movimento contraindicado, o que existe é pessoa contraindicada para realizar. Às vezes, o exercício que faz bem à uma pessoa pode ser prejudicial à outra.

Sendo assim, não existe uma “receita de bolo” ou fórmula mágica e sim o que é mais indicado para aquela pessoa naquele momento. Respeitando as suas individualidades e necessidades você alcançará seus objetivos com maior segurança e eficiência.

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Fernando Padilha

Educador físico especialista em Preparação Física e Treinamento Funcional. @studiofernandopadilha