Baixa autoestima e ansiedade: descubra qual a relação entre as duas

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Andrea Camargo

Você já sentiu algum conflito quando ouviu esse termo “autoestima”? Ele é muito mais importante do que podemos imaginar e se você nunca parou para refletir sobre isso separe cinco minutos do seu dia para se dedicar a essa análise interior porque pode te prevenir de alguns remédios, ou ao menos te fazer mais consciente do que pensa e sente.

Que a presença de alta autoestima faz um bem enorme e que coloca as pessoas em lugares ou situações que dificilmente estariam se sofressem de baixa autoestima, todo mundo já sabe. Também é comum o pensamento de que a baixa autoestima faz com que pessoas se sintam inferiorizadas, ou criticadas e até mesmo que se sintam injustiçadas. Mas uma causa pouco tratada é como a baixa autoestima pode influenciar na existência de ansiedade.

Se ao invés de tratar a consequência (ansiedade) as pessoas tratassem a causa (baixa autoestima) os hospitais estariam mais vazios, as pessoas comprariam menos remédios e teríamos uma população mais mentalmente saudável. A baixa autoestima está frequentemente associada a distúrbios de saúde mental, como depressão e ansiedade. Esses distúrbios podem tanto ser causados quanto ser consequência da baixa autoestima.

Pesquisas indicam que a ansiedade e a baixa autoestima frequentemente formam um ciclo vicioso. A baixa autoestima pode levar a uma maior suscetibilidade à ansiedade, enquanto a ansiedade pode reforçar a baixa autoestima, uma vez que os pensamentos negativos e a preocupação constante podem minar ainda mais a autoconfiança.

A baixa autoestima é um fenômeno complexo que envolve uma interação entre fatores psicológicos, sociais, biológicos e cognitivos. Alguns estudos sugerem que a genética pode desempenhar um papel na predisposição à baixa autoestima. Fatores neurobiológicos também podem influenciar a regulação das emoções e a percepção de si mesmo.

A regulação emocional e a percepção de si mesmo são controladas por processos neurobiológicos complexos no cérebro. Algumas áreas do cérebro, como a amígdala (envolvida nas respostas emocionais) e o córtex pré-frontal (responsável pelo processamento cognitivo e autorregulação emocional), podem estar envolvidas na conexão entre baixa autoestima e reações ansiosas. Desregulações nesses circuitos podem contribuir para sentimentos de inadequação e ansiedade.

Substâncias químicas no cérebro, como neurotransmissores (serotonina, dopamina, entre outros), desempenham um papel crucial na regulação das emoções e no humor. Desequilíbrios nessas substâncias podem estar relacionados a sintomas de ansiedade e a uma percepção negativa de si mesmo.

Mas então um celebro com esses fatores está fadado a esses sintomas?

Não necessariamente. A intervenção terapêutica e o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento saudáveis são fundamentais para romper o ciclo de ansiedade e baixa autoestima. Intervenções terapêuticas, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), frequentemente abordam simultaneamente a ansiedade e a baixa autoestima.

Estudos também mostram que estratégias de autocuidado, autoaceitação e práticas de mindfulness podem ser eficazes para melhorar a autoestima e reduzir a ansiedade. Essas práticas promovem a autocompaixão e a aceitação das próprias falhas, contribuindo para um equilíbrio emocional mais saudável. Se conhecer e um grande passo.

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Andrea Camargo

Sócia fundadora da 4U – Startup de bem-estar físico e mental. Pós-Graduada em Neurociências e Comportamento pela PUC-RS. Doutoranda PUC SP. Master e Licenciada pela StarEdge dos cursos Avatar de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal no Brasil e nos EUA. Advogada Empresarial e Mestre em Garantias e Direitos Fundamentais. Prof. de cursos profissionalizantes sobre comportamento, empreendedorismo jurídico e inteligência emocional. @4uinteligenciaemocional