Bem-estar e a saúde mental no trabalho: um caminho para a produtividade

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Andrea Camargo

“Fulana de tal não está bem da cabeça, você viu? Chegou nervosa, brigou com o chefe e depois saiu chorando pelos cantos”…

Quantas histórias não ouvimos semelhantes a essa acontecendo todos os dias com alguém que a gente conhece? Nunca foi tão comum o estresse e o descontrole no ambiente de trabalho.

Um estudo do Instituto do Trabalho nos Estados Unidos informa que a rotatividade entre os trabalhadores custou às empresas americanas US$ 600 bilhões em 2018.

Isso quer dizer que as empresas têm dificuldade em reter colaboradores e que estes estão sempre querendo algo diferente. Mas por quê?

Porque os colaboradores não estão vendo valor em seus empregos e isso não tem a ver com salários e sim em se sentirem valorizados e pertencentes.

E como conseguir a mágica de conseguir que o funcionário vista a camisa da empresa realmente sendo feliz?

Uma ótima opção para agregar valor e benefícios para o funcionário é ter um programa de bem-estar no ambiente de trabalho, que estimule o autocuidado e a saúde como um todo.

Empresas que investem na saúde do trabalhador de forma preventiva não veem tal recurso como um gasto, mas sim como um investimento, pois esse retorno existe sim e é real.

Um estudo da OMS mostra que para cada US$ 1 gasto com saúde mental do empregado há um retorno de US$ 4 para a empresa, com diminuição de turnover (rotatividade), absenteísmo e aumento de produtividade.

Assim, entregar aos colaboradores ferramentas que os permita desenvolver características necessárias para possibilitar uma mudança de vida, como estímulos para mudanças de hábitos físicos, mentais e comportamentais, para então se alcançar o bem-estar geral, atua diretamente na melhora desses quadros de ansiedade, estresse, depressão, entre outros, melhorando todos esses números e especialmente os da rotatividade.

Empresas que investem nessa cultura de alta confiança (ser reconhecido como um local de trabalho que oferece oportunidades de crescimento, qualidade de vida, etc.) tem mais chances de atrair ou reter os melhores profissionais do mercado. Essas empresas são hoje reconhecidas com o selo “Great place to work”, ou seja, “Ótimo lugar para se trabalhar”. São essas empresas as que já perceberam que é preciso investir no crescimento pessoal de cada um de seus funcionários para colher o fruto do engajamento.

A relação de trabalho há muito tempo deixou de ser apenas sobre valor pecuniário a ser recebido pelo empregado, ou seja, são os ganhos indiretos que fazem a maior retenção de talentos dentro da empresa, a melhor avaliação entre os consumidores e permitem o menor custo por colaborador no setor empresarial. Estes são dados de Jacob Morgan, autor líder nessa área de pesquisa nos EUA.

Assim, procurar saber sobre programas que trazem esse bem-estar ao colaborador, além de contribuir para a sociedade, trazendo um bem para cada um dos funcionários, colabora para os lucros da empresa, aumentando a lucratividade por colaborador em até 18%, segundo a Gallope, empresa especialista nesse tipo de pesquisa.

Se você é colaborador ou empresário, procure saber sobre isso, pois tal conhecimento já não é mais coisa do futuro e sim do presente e quem não se enquadrar sofrerá desses males e entrará nas mais tristes estatísticas desse quadro.

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Andrea Camargo

Sócia fundadora da 4U – Startup de bem-estar físico e mental. Pós-Graduada em Neurociências e Comportamento pela PUC-RS. Doutoranda PUC SP. Master e Licenciada pela StarEdge dos cursos Avatar de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal no Brasil e nos EUA. Advogada Empresarial e Mestre em Garantias e Direitos Fundamentais. Prof. de cursos profissionalizantes sobre comportamento, empreendedorismo jurídico e inteligência emocional. @4uinteligenciaemocional