Câncer de intestino: por que a colonoscopia é capaz de preveni-lo?

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Dr. Vitor Fiorin

Câncer de intestino é o termo usado para se referir a neoplasia maligna do intestino grosso e do reto. Essa doença é um problema de saúde pública por ser o segundo câncer mais comum no homem e na mulher no Brasil.

Estima-se que 1 de cada 25 pessoas terão câncer de intestino até os 75 anos. Você certamente conhece mais do que 25 adultos ou idosos. Mais do que isso, você certamente tem amor, carinho e amizade por eles.

A boa notícia é que a colonoscopia é um exame capaz de evitar com que eles tenham esse câncer ou mesmo diagnosticá-lo precocemente com mais de 90% de chance de cura.

Mas como isso é possível?

A maioria dos tumores malignos do intestino se desenvolvem a partir de pólipos. Pólipos são normalmente elevações que se formam na superfície interna (mucosa) do intestino a partir de um crescimento anormal de células. Eles se assemelham muitas vezes ao aspecto de “verrugas” dentro do intestino.

Durante a colonoscopia, todo o intestino grosso e uma parte do intestino fino do paciente são visualizados por meio de uma câmera. O médico especialista então consegue analisar a parede do intestino e caso identifique algum pólipo, no mesmo exame, pode realizar a retirada desse pólipo.

Todos os pólipos retirados devem ser enviados para o laboratório de anatomia patológica. Nesse, o médico patologista emite um laudo reportando se tal lesão é benigna ou maligna e a interpretação do exame é feita pela equipe médica multidisciplinar.

A retirada completa de um pólipo na colonoscopia significa em boa parte das vezes na remoção de um pré-câncer. Por isso e com base nos estudos científicos, recomenda-se como medida de prevenção do câncer de intestino a realização de colonoscopia em TODAS as pessoas acima de 45 anos.

Após a primeira colonoscopia e com base no resultado do exame, o médico especialista então definirá com que frequência o paciente deve repetir esse exame. De maneira geral, costuma-se repetir a colonoscopia somente a cada 5 a 10 anos (diferentemente, por exemplo, da mamografia e o exame do PSA que deve ser feito todo ano).

Se você tem ou ama alguém com mais de 45 anos, envie esse texto para ele(a).
Você pode salvar uma vida!

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Dr. Vitor Fiorin

Médico. Especialista em Oncologia Clínica (cuidado, diagnóstico e tratamento do câncer). Doutorando pela Universidade de São Paulo (USP-SP). Professor de Oncologia da UFES. Meu foco é a excelência técnica e o cuidado humanizado dos pacientes e suporte dos familiares que enfrentam o câncer. Siga no instagram: @drvitorfiorin